Metaloproteinases de matriz e depressão: influência genética e impacto clínico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Pereira, Sherliane Carla
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17133/tde-14042022-125011/
Resumo: A depressão é uma doença de grande prevalência mundial e que gera grandes prejuízos ao indivíduo e sociedade. Muito tem sido estudado em relação à inflamação tendo um papel importante na gênese da depressão. Nesses modelos se observa um aumento das metaloproteinases de matriz (MMPs), que são responsáveis por degradar diversar proteínas presente na barreira hematoencefálica (BHE), levando a sua desagregação. O objetivo do nosso estudo foi buscar marcadores bioquímicos e genéticos de predisposição à depressão. Foram incluídos 114 controles e 158 casos, avaliados através de questionários psicométricos e avaliação clínica. Foram avaliados os marcadores bioquímicos no plasma pelas técnicas de zimografia em gel e ELISA. Ademais, foram avaliados os polimorfismos genéticos por reação em cadeia da polimerase. No nosso estudo observamos redução nos níveis de MMP-2 (p= 0,022*); TIMP-1 (p= 0,002*); TIMP-2 (p= 0,001*) e de BDNF (p= 0,000*) no grupo pacientes versus controles. Também foi observado aumento nos níveis da razão MMP-9/TIMP-1 (p= 0,000*) e da MMP-9/TIMP-1 x A2M (p=0,001*) no grupo pacientes versus controles. Além disto, houve associação entre MMP-9 e HAMD21 (β= + 3,71, p= 0,028*); MMP-9 e BSI (β= + 4,07, p= 0,017*); MMP-9 e BDNF (β= + 0,19, p= 0,021*); complexo MMP-9/TIMP-1 e BDNF (r= + 0,22, p= 0,029); TIMP-1 e BDNF (β= + 0,00, p= 0,017*); TIMP-1 e S100β (β= + 0,00, p= 0,028*); IL-10 e MMP-2 (β= - 0,10, p= 0,012*); TNF-α e MMP-2 (β= + 0,07, p= 0,032*); IL-6 e A2M (β= + 14602,26, p= 0,026*); IL-6 e a razão MMP-9/TIMP-1 x A2M (β= - 4,71 x 10+09, p= 0,006*); IL-6 e BSI (β= - 4,17, p= 0,024*); TNF e BDNF (β= + 0,21, p= 0,032*); e TNF-α e S100β (β= + 79,25, p= 0,002*). Observamos também que pacientes depressivos em remissão de sintomas tiveram níveis mais altos de IL-10. Houve associação dos genótipos HL+HH no modelo dominante do polimorfismo rs2234681 do gene da MMP-9 com menor risco de pelo ao menos uma tentativa de suicídio (OR= 0,07, p= 0,007*) e do genótipo DD no modelo recessivo do polimorfismo rs3832852 do gene A2M com redução do risco de ideação suicida (β= - 7,91, p= 0,033*). Podemos concluir que os biomarcadores bioquímicos e genéticos são relevantes para detectar indivíduos geneticamente susceptíveis a desenvolver depressão e a cometer suicídio.