Políticas de respeito à diversidade sexual no ambiente de trabalho: análise das percepções sobre o papel da comunicação em organizações participantes do Fórum de Empresas e Direitos LGBT

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Sales, Ricardo Gonçalves de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-12012018-112601/
Resumo: O propósito desta dissertação é analisar, entre organizações signatárias de compromissos com o respeito à diversidade sexual, quais as motivações para desenvolver políticas relativas ao assunto e quais percepções emergem sobre o papel da comunicação neste contexto. Foi desenvolvida uma pesquisa exploratória, de abordagem qualitativa, realizada por meio de entrevistas em profundidade, com 18 organizações participantes do Fórum de Empresas e Direitos LGBT. O estudo revelou que existe forte associação da existência de políticas de diversidade a resultados financeiros para as organizações, sobretudo na forma de mais inovação e engajamento dos empregados. A maior parte das empresas, porém, não possui mecanismos ou ferramentas para comprovar tal associação. Sobre o papel da comunicação, verificamos que prevalece uma percepção instrumental, que associa a atuação dos profissionais da área a atividades técnicas, e desconsidera o potencial estratégico de seu trabalho. Em relação à presença de pessoas LGBT nas empresas pesquisadas, constatamos avanços nos debates, mas dificuldades relacionadas sobretudo a características culturais da sociedade brasileira, percebida pelos entrevistados como machista e LGBTfóbica. O maior desafio ainda é a inclusão nas organizações de pessoas trans e de grupos historicamente excluídos e vulneráveis. Como contribuição acadêmica, este estudo buscou aproximar da Comunicação Organizacional e das Relações Públicas assuntos que já são discutidos há algumas décadas em outros campos do saber, mas continuam pouco explorados nas referidas áreas, seja no Brasil ou no exterior.