Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Cordeiro, Igor Smirnow |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-28072023-140934/
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Resumo: |
Grandes defeitos ósseos, geralmente causados por: traumas, osteomielite, fraturas geradas por osteoporose, malformação congênita e ressecções de tumores, apresentam a característica de não possuírem a capacidade de autorreparo ósseo, necessitando-se assim de enxertos. A utilização de enxertos para o preenchimento desses defeitos, é baseado em aloenxertos, polímeros sintéticos biodegradáveis ou não degradáveis. Entretanto, o uso desses materiais apresenta limitações, o que resulta na busca de novos materiais para cumprir tal função, sendo uma boa opção aqueles derivados da bioengenharia tecidual. Através da bioengenharia, busca-se produzir enxertos ósseos por meio da recelularização de biomateriais ou hidrogéis. Uma fonte alternativa para produção de ambos os materiais seria a placenta bovina, que demonstra manutenção dos componentes essenciais na matriz extracelular após a descelularização, permitindo adesão e manutenção celular. Assim, o objetivo deste projeto é utilizar cotilédones bovinos descelularizados, como biomateriais estruturalmente naturais ou hidrogéis. Com intuito de produção de biomateriais ósseos funcionalizados estes biomateriais podem ser associados a células tronco mesenquimais caninas diferenciadas à linhagem óssea. Para tanto, foram utilizados cotilédones provenientes de 10 gestações bovinas que foram descelularizados, validados como biomaterial e utilizados para produção de hidrogéis (por meio de digestão enzimática e gelificação). Tanto os biomateriais descelularizados como os hidrogéis foram recelularizados com células tronco mesenquimais caninas derivadas de tecido adiposo (caracterizadas de acordo com a Sociedade Internacional de Terapia Celular). Após o término do processo de descelularização, foi possível validar o scaffold placentário em biomaterial, sendo observado a preservação dos componentes da matriz extracelular e remoção das células, tais parâmetros que são propostos pela literatura. Os biomateriais mostraram-se receptivos as células tronco mesenquimais e células tronco mesenquimais em diferenciação para linhagem osteogênica, mostrando que, ao dia 25, repopularam o biomaterial. Ainda, na diferenciação das células tronco mesenquimais sobre biomateriais foi possível também observar presença de depósitos de cálcio. Foi possível realizar a produção de um hidrogel com adição de alginato a 8% e 12%, onde a maior concentração de alginato aparentou melhor estrutura, permitindo uma melhor recepção as células tronco mesenquimais. Dessa forma, os biomateriais mostram-se com potencial uso futuro para o tratamento de lesões ósseas na medicina veterinária, visto que estas células indiferenciadas podem diferenciar-se em células específicas para o processo de reparo ósseo, ou as células osteoprogenitoras podem acelerar o processo de cicatrização. |