Estado nutricional, estresse oxidativo e inflamatório de pacientes com neoplasia maligna da confluência biliopancreática antes da ressecção tumoral e após quimioterapia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santana, Haroldo da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17138/tde-17042018-150944/
Resumo: Objetivos: Avaliar o efeito da ressecção tumoral e da quimioterapia sobre o estado nutricional e os marcadores séricos/plasmáticos do estado inflamatório e do estresse oxidativo de pacientes com neoplasia maligna da confluência biliopancreática. Casuística: O estudo prospectivo e longitudinal foi conduzido com pacientes adultos com neoplasia maligna da confluência biliopancreática (Grupo Câncer, n=10) que foram submetidos à ressecção tumoral seguida de quimioterapia, conforme diretrizes internacionais estabelecidas na rotina do Serviço de Gastrocirurgia e de Oncologia Clínica da HCFMRP-USP. O estudo incluiu também voluntários saudáveis (Grupo Controle, n=10), pareados para a idade, gênero e condição socioeconômica. Métodos: Os pacientes do Grupo Câncer foram avaliados em duas ocasiões distintas, sendo a primeira no pré-operatório da ressecção tumoral e a segunda, após o término da quimioterapia. Antes da cirurgia, os pacientes foram questionados sobre a evolução ponderal, foram feitas as medidas de composição corporal e aplicaram-se questionários de qualidade de vida e de fadiga. Foi feita a coleta de sangue para avaliação laboratorial do estado clínico e nutricional, que incluiu a determinação de proteínas séricas, albumina, zinco e cobre. Foram avaliados os marcadores de estresse oxidativo como: superóxido dismutase (SOD), glutationa peroxidase (GPx), malondialdeído (MDA) e vitamina E. Foram dosadas as citocinas séricas: interleucina-1? (IL-1?), interleucina-6 (IL-6), interleucina-10 (IL-10), fator de necrose tumoral alfa (TNF?) e interferon gama (INF?). Todas as análises foram repetidas num período médio de 50 dias após término da quimioterapia. O Grupo Controle foi submetido aos mesmos procedimentos, em apenas uma ocasião. A análise estatística foi feita com o software Statistica 8.0, usando o teste não paramétrico de Wilcoxon pareado ou teste não paramétrico de Mann Whitney. Para todas as análises, foi estabelecido um nível de significância de 5%. Resultados: O IMC, a massa gorda e a massa magra do Grupo Câncer mantiveram-se inalterados nos dois momentos da avaliação. Os pacientes relataram média de 20% de perda de peso antes do diagnóstico do tumor, mas não houve perda de peso durante o tratamento oncológico. A qualidade de vida e de fadiga não se alterou no período de estudo e os pacientes mantiveram escores elevados nos dois momentos da avaliação. A SOD e a GPx mantiveram-se elevadas no pré-operatório e após a quimioterapia em relação ao Grupo Controle. O MDA não se alterou em nenhum momento do estudo. No pré-operatório, a TNF-? foi mais elevada em relação ao Grupo Controle, mantendo-se elevada após a quimioterapia. A IL-6 mostrou-se elevada antes da ressecção tumoral e apresentou aumento adicional após o tratamento oncológico. A IL-1? foi menor no pré-operatório em relação ao Grupo Controle. A IL-10 estava elevada no pré-operatório, reduziu na 2ª coleta, porém manteve-se elevada em relação ao Grupo Controle. Conclusões: Os dados obtidos indicam que os pacientes com neoplasia maligna da confluência biliopancreática apresentaram perda ponderal anterior ao diagnóstico, mas houve estabilização do peso, da composição corporal e dos escores de qualidade de vida e de fadiga após a ressecção tumoral e o uso de drogas antineoplásicas. Os pacientes mantiveram níveis elevados de IL-6, IL-10 e TNF-? indicando atividade neoplasia e pior prognóstico. Os níveis séricos de SOD e de GPx mantiveram-se altos durante todo o seguimento, provavelmente mantendo um equilíbrio oxidativo que preveniu a peroxidação lipídica. A vitamina E reduziu após quimioterapia, o que sugere necessidade de reposição desta vitamina em pacientes que recebem drogas antineoplásicas.