Lixiviação de nitrogênio em cultura de feijão (Phaseolus vulgaris L.)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1993
Autor(a) principal: Leite, Claudio Benedito Baptista
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11131/tde-20191108-120357/
Resumo: O nitrogênio é um macro nutriente essencial ao crescimento, desenvolvimento e aumento de produtividade das culturas, sendo o fertilizante mineral mais aplicado em terras agrícolas. No solo, independentemente da sua formulação original, o nitrogênio progressivamente é convertido a nitrato, forma essa mais estável e disponível às plantas. Pesquisas realizadas em diferentes localidades no mundo mostram que a eficiência na assimilação deste nutriente pelas culturas raramente atinge 50/60%, resultando uma quantidade importante de nitrogênio no meio (sistema solo/solução do solo). O nitrogênio não utilizado, já na forma de nitrato, tem uma grande mobilidade no solo, podendo migrar e atingir as águas subterrâneas. Nesse trabalho quantificou-se a lixiviação de nitrogênio agrícola, para baixo do sistema radicular de uma cultura de feijão irrigado, através da estimativa de um balanço hídrico no sistema solo. O experimento foi realizado em uma área de aproximadamente 2400m2 (40X60m), junto à Estação Agrometeorológica do Departamento de Física e Meteorologia da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, da Universidade de São Paulo, em Piracicaba – SP (coordenadas geográficas 22º 42’, 30” de latitude sul, 47º 38’ 00” de longitude oeste e 576 m de altitude), entre os dias 28/05/92 a 20/09/92. Foram delimitadas 6 parcelas onde se instalou, em cada uma delas: a) 1(uma) bateria de tensiômetros com manômetro de mercúrio nas profundidades 10, 20,30, 40, 60 e 75 cm; b) 1 (uma) bateria de extratores de solução do solo. Para a reposição da água foi instalado um sistema fixo de irrigação por aspersão convencional, sendo que os momentos de rega foram estabelecidos a partir do Método do tanque Classe "A". Os resultados mostraram a) uma lixiviação expressiva de nitrogênio, particularmente no início do cultivo, ou seja, 86% das perdas de nitrogênio abaixo da profundidade de 50 cm ocorreram nos primeiros 25 dias após o plantio, fato este, que coloca a necessidade de se rediscutir os procedimentos de como melhor definir adubação de plantio e o cálculo da lâmina de água para irrigação durante o início de uma cultura agrícola pelo Método do Tanque Classe "A"; e b) ser perfeitamente viável o cultivo do feijão durante o período de inverno na região.