Quantificação dos macrófagos M1 e M2 associados a mastocitomas cutâneos caninos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Leite, Natália Goulart
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74135/tde-07072023-090418/
Resumo: O mastocitoma (MCT) é um dos tumores cutâneos de maior ocorrência na clínica de pequenos animais. Sua prevalência é maior em cães do que em gatos e seu comportamento biológico é bastante variável. Devido ao comportamento biológico agressivo deste tumor, bem como suas características macroscópicas extremamente variáveis, se faz necessário o estudo de novos indicadores prognósticos. A compreensão dos mecanismos de desenvolvimento e crescimento tumorais que envolvem leucócitos no microambiente neoplásico é uma questão importante tanto para o prognóstico do câncer, quanto para o desenvolvimento de terapias antineoplásicas. Macrófagos Associados ao Tumor (TAMs) podem exibir fenótipos M1, importantes células efetoras imunes, ou M2, capazes de suprimir a função dos M1 e influenciar a angiogênese e o reparo tecidual. O papel dos macrófagos M1 e M2 em neoplasias humanas tem sido amplamente estudado em câncer de mama, pulmão e pâncreas em humanos, mas em medicina veterinária os estudos a respeito de sua influência no comportamento de neoplasias ainda são escassos. O objetivo do presente estudo foi identificar e categorizar os diferentes fenótipos de macrófagos em MCTs e compará-los à graduação histológica, morte em função da doença e tempo de sobrevida. Trinta e quatro casos de MCTs cutâneos caninos foram avaliados por meio de imuno-histoquímica para identificação, quantificação e avaliação da distribuição tecidual dos macrófagos M1 e M2. As informações obtidas foram comparadas aos graus histopatológicos, mortalidade em função da doença e tempo de sobrevida pós-cirúrgica. MCTs de alto grau histológico apresentam maior densidade de macrófagos M2 identificados pela positividade para CD163. Não houve correlação entre a densidade de macrófagos M2, quantificada por escores, e densidade microvascular intratumoral (MVD). Novos estudos devem ser realizados a fim de confirmar nossas observações e elucidar o papel dos macrófagos M2 nessa neoplasia.