Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Milena Giulia |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-03102022-113504/
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Resumo: |
Infecções persistentes por HPVs (papilomavírus humano) de alto risco estão associadas ao desenvolvimento de múltiplos tipos de cânceres como vulva, vagina e colo de útero em mulheres, pênis em homens, e canal anal e orofaringe em ambos os sexos. O HPV-16 está relacionado com quase a totalidade dos tumores de sítios anatômicos extra-cervicais e causa aproximadamente 90% dos cânceres de canal anal em todo o mundo. Além disso, as variantes genéticas de HPV-16 estão relacionadas com diferentes riscos no desenvolvimento de lesões precursoras e tumores na cérvice uterina. Estudos sobre as variantes de HPV-16 no canal anal ainda são escassos, especialmente em homens. Com isso, este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência e persistência das variantes genéticas de HPV-16 no canal anal de homens de três países distintos (Brasil, México e Estados Unidos) e ainda identificar fatores sociodemográficos e comportamentais associados a essas infecções. Os participantes do estudo prospectivo multicêntrico HIM (HPV Infection in Men) foram incluídos quando foi detectado DNA de HPV-16 em pelo menos uma amostra de canal anal. Foi realizada a PCR (reação em cadeia da polimerase) com pares de iniciadores específicos a fim de amplificar uma região da LCR (região longa de controle), seguido de sequenciamento das amostras amplificadas para classificação em linhagens e sublinhagens de variantes de HPV-16. Foi observada maior prevalência de variantes da linhagem A, principalmente da sublinhagem A1, nas amostras de todos os países. Variantes das linhagens Não-A foram mais comumente detectadas em homens do Brasil, onde também foi observada maior diversidade de sublinhagens de variantes de HPV-16. Em cinco homens do Brasil, mudança de variante das sublinhagens de HPV-16 foram identificadas durante as visitas de seguimento. Em comparação com os homens em que foram detectadas variantes das linhagens Não-A de HPV-16, os homens infectados com variantes da linhagem A relataram um número maior de parceiras sexuais femininas ao longo da vida. Finalmente, foi observada maior prevalência de variantes das linhagens Não-A em MSM (homens que fazem sexo com homens) com infecção transiente por HPV-16 no canal anal (p=0,033). Não foram observadas diferenças significativas em relação à detecção de variantes daslinhagens de HPV-16 e o status de persistência quando os homens foram estratificados por país, etnia autorreferida ou idade. Os dados observados neste trabalho estendem estudos anteriores que indicam que as variantes genéticas de HPV-16 são distribuídas de forma desigual no mundo, e contribuem ainda mais para estudos da história natural das infecções por HPV do canal anal em homens |