Erudito e zombeteiro: uma leitura do Compêndio Mítico do Rio de Janeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Balbi, Henrique
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-02022023-200155/
Resumo: O objeto desta tese sãos cinco romances de Alberto Mussa que fazem parte do chamado \"Compêndio Mítico do Rio de Janeiro\". Analiso quatro linhas de força do conjunto dos livros: o uso literário da releitura, da ambiguidade, da tradução e do narrador metalinguístico. No primeiro capítulo, apresento uma leitura do conjunto da obra de Mussa, dividida aqui em duas fases, uma de \"mapeamento\" e outra de \"expedição\", com o livro O Trono da Rainha Jinga como eixo de análise, por fazer parte das duas. No segundo capítulo, a partir da noção de ambiguidade, tomo O Senhor do Lado Esquerdo como caso exemplar da relação de Mussa com o romance policial, tanto em sua matriz anglo-saxã quanto argentina, culminando numa síntese entre esse tipo de narrativa e a intriga de adultério. No terceiro capítulo, focado em A Hipótese Humana, o uso da tradução e a figura do malandro entram em cena para compreender a concepção de Mussa do Rio de Janeiro, cidade vista como centro multicultural, e as limitações de sua perspectiva, como a falta de negatividade, que afeta o conjunto dos romances. O quarto capítulo enfatiza A Primeira História do Mundo e aborda o seu narrador metalinguístico, que evidencia problemas sérios de composição literária, por exemplo a presença excessiva dele em detrimento da elaboração de outras personagens, inclusive protagonistas. Por fim, no epílogo, interpreto o Compêndio à luz das mudanças sociais e culturais da década de 2010, momento de escrita de quatro dos cinco romances.