Práticas balneárias no Egito Romano: tradição grega, inovação romana e originalidade egípcia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gradim, Claudia Ribeiro Campos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/71/71131/tde-02052019-084623/
Resumo: Este trabalho tem por objetivo investigar os banhos e as práticas balneárias públicas no Egito do século I a.C. ao século VI d.C., procurando detectar que modificações foram introduzidas pelo conquistador romano. Este contingente trouxe consigo hábitos culturais consolidados durante séculos em que estabelecera suas próprias práticas e desenvolvera técnicas construtivas e inovações tecnológicas, fruto de influências variadas e iniciativas locais resultantes de sua expansão colonial. Ao se estabelecerem no Egito anexado como província, os romanos encontraram uma cultura balneária solidamente enraizada, tão ou mais antiga que a sua, em consequência da conquista macedônica trezentos anos antes. O que vemos nos séculos seguintes é um movimento contínuo de manutenções e rupturas, em que uma população crescentemente \"romanizada\" adotou e descartou seletivamente práticas, feições e inovações técnicas, enquanto manteve hábitos tradicionais. Os edifícios balneários no Egito revelam que algumas destas práticas perduraram em seu território por mais tempo do que em qualquer outra província, e materializam escolhas feitas a nível local. Pretendemos demonstrar como, em sua arquitetura e em suas formas de banhar-se, os numerosos banhos públicos no Egito configuram uma prática cotidiana generalizada, amplamente adotada por uma população multiétnica e socialmente heterogênea, que contribuiu para lhes dar as feições híbridas que os distinguem, e que culminaram na geração de um modelo regional original e único.