Estudo longitudinal do desgaste dentário em adolescentes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Lopes, Marcia Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/23/23148/tde-16042015-101538/
Resumo: Com o controle da cárie dentária em muitos países e a permanência por mais tempo do elemento dentário na cavidade bucal, o desgaste dentário começou a despertar atenção da comunidade científica. Considerando os poucos estudos que abordam a incidência e progressão do desgaste em adolescentes, o objetivo deste estudo foi investigar a prevalência, incidência e a progressão do desgaste dentário em adolescentes de 15 anos de idade, estudantes de Rio Grande da Serra - São Paulo. A progressão do desgaste também foi estudada, associada com as variáveis independentes: gênero, fatores socioeconômicos (renda familiar e escolaridade da mãe) e ausência de elemento dentário na cavidade bucal. O primeiro exame foi realizado com 203 adolescentes entre os meses de outubro e novembro de 2011, e o reexame realizado após um ano e meio contando com 121 adolescentes. O desgaste dentário foi avaliado pelo índice de desgaste dentário (de Carvalho Sales-Peres). Uma cirurgiã-dentista previamente calibrada com o padrão ouro mostrou concordância de 80% e resultado do teste Kappa0,78 (+ 0,03). O resultado intra examinador obtido foi de 93% de concordância e teste Kappa 0,90 (+ 0,08). Nos dois exames, o desgaste dentário acometendo apenas o esmalte foi o mais comum, no entanto o desgaste em dentina foi observado em 2,1% das superfícies no primeiro exame passando para 8,6% no segundo exame e, 55,4% das superfícies não sofreram modificações entre os dois exames. A progressão do desgaste dentário acometendo a dentina foi de 6,6% das superfícies. Estudantes com renda familiar inferior a três salários mínimos e com mães que estudaram até o ensino fundamental apresentaram maior progressão do desgaste para dentina. Esta progressão não foi relacionada ao gênero e nem a ausência de elemento dentário. A prevalência de desgaste das superfícies dentárias destes estudantes foi elevada, porém com baixa severidade.