Avaliação clínica dos fatores etiológicos das lesões cervicais não cariosas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Ramalho, Ilana Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-24112015-093233/
Resumo: O propósito desta pesquisa foi investigar a influência de diferentes fatores etiológicos na formação das lesões cervicais não cariosas (LCNCs). Essas lesões foram identificadas e classificadas de acordo com o grau de severidade e correlacionadas com os seguintes fatores: presença/ausência de facetas de desgaste e de biofilme, idade, gênero, hábitos alimentares, história médica, hábitos de higiene oral e hábitos parafuncionais. Foram avaliados 33 estudantes de graduação e pós-graduação, com idade variando entre 18 e 30 anos. A avaliação clínica constou de aplicação de índice de biofilme dental, exame clínico para identificação de LCNCs e de modelos de gesso para identificação de facetas de desgaste e aplicação de questionário. Os resultados mostraram que 25 indivíduos (75,7%) apresentaram, pelo menos, uma LCNC, com maior prevalência nas faces vestibulares, sendo os primeiros molares com maior número de lesões, seguidos pelos primeiros pré-molares; os incisivos foram os dentes com menor número de lesões; os pré-molares foram os dentes que apresentaram lesões com maiores escores de severidade; encontrou-se correlação direta entre a severidade das lesões e a idade (p=0,04; r=0,350) e entre facetas de desgaste e lesões (p<0,05; r=0,605). Dos 250 dentes com lesões cervicais, 217 (86,8%) apresentaram facetas de desgaste e 33 (13,2%) não apresentaram facetas, o que sugere a existência de relação significativa entre a presença de facetas e de lesões (p<0,05); foi encontrada, também, correlação inversa entre a presença de biofilme e o número e a severidade das lesões (p=0,02,r=-0,403; p=0,02; r=-0,426, respectivamente). Os fatores gênero, hábitos alimentares, história médica, hábitos de higiene oral e hábitos parafuncionais não foram diferenciais com relação à presença de LCNCs. Os resultados obtidos reforçam a teoria multifatorial para a etiologia dessas lesões.