Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2001 |
Autor(a) principal: |
Arias Neto, José Miguel |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-20062023-124441/
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Resumo: |
O objetivo deste estudo foi investigar o processo histórico que presidiu as lutas das praças da Marinha de Guerra do Brasil para o reconhecimento de sua condição de cidadãos, até a revolta de 1910. Os termos desta problemática nasceram do documento encaminhado pelos marinheiros ao governo do marechal Hermes da Fonseca em 1910, e da bibliografia que tratou daquela revolta. Segundo esta bibliografia, o movimento dos marinheiros se caracterizaria como uma revolta não política, militar ou popular contra os castigos corporais na Armada. O movimento também foi visto como inevitável e fatal, o derradeiro protesto contra uma situação transmitida como herança pelo Império à República. Para alcançar o objetivo proposto, era necessário, portanto, compreender a dinâmica política e social na qual se insere a Marinha de Guerra enquanto instituição do Estado, e verificar se e quais transformações teriam ocorrido na estrutura da força, ao longo do período que vai da formação do Estado Nacional até o início do século XX. A pesquisa demonstrou, que a estrutura da Armada se configurou como elemento fundamental na constituição e manutenção da unidade do Estado nacional. Decorreu disto a implantação de um sistema militar baseado no recrutamento forçado de cidadãos e em um regime de suplícios. Este sistema manteve-se até o final do período imperial, quando as transformações sócio-econômicas pelas quais passou o país conduziram à reformas que promoveram um reforço das hierarquias social e militar no interior da corporação, resultando no incremento do arbítrio dos comandantes. Por outro lado, o envolvimento da oficialidade naval na \"questão militar\" promoveu uma desarticulação das redes de hierarquia e disciplina na Marinha, criando condições para a emergência do movimento de 1910. Este se caracterizou como ruptura e como novidade política, na medida em que as praças, neste processo, constituíram-se como sujeitos de direitos e exigiram seu reconhecimento como cidadãos republicanos e, ao mesmo tempo, a transformação no sistema militar objetivando a implantação de uma carreira profissional para os marinheiros. |