Descrição sócio-demográfica de brasileiros com baixo consumo de carne e seu impacto ambiental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Silvano, Sâmela Klein
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-30062023-165541/
Resumo: No contexto da sindemia global de desnutrição, obesidade e mudanças climáticas, propomos a caracterização de indivíduos flexitarianos com base nos padrões alimentares estabelecidos pela Comissão EAT-Lancet, no Brasil. Também tivemos como objetivo medir o nível de segurança alimentar neste grupo e, estimar e comparar o impacto ambiental dos flexitarianos usando as pegadas de carbono e hídrica. Trata-se de um estudo exploratório, descritivo, transversal, com abordagem quantitativa, com dados obtidos da POF - Pesquisa de Orçamento Familiar do Brasil para os anos de 2017-2018. Para estimar as pegadas médias de carbono e hídrica de cada dieta amostrada, usamos um banco de dados ambiental construído a partir de uma revisão da literatura de avaliações do ciclo de vida dos alimentos (LCA). Para a estatística descritiva, as variáveis contínuas foram apresentadas como médias e as variáveis categóricas como proporções. Todos os testes foram ajustados para a ingestão energética total da dieta. As análises foram realizadas por meio do módulo survey, que considera os efeitos da amostragem complexa, permitindo a extrapolação dos resultados para toda a população do país. Em todos os testes, adotou-se um nível de significância de 5%. Constatou-se que o brasil é uma país com forte consumo cultural de carne e um percentual relativamente baixo de flexitarianos (7,44%). Ser flexitariano foi associado a gênero, idade, região do país, local de residência, raça e insegurança alimentar. No que diz respeito aos impactos ambientais alimentares, a adoção do flexitarismo no Brasil pode contribuir para limitar o impacto ambiental, e proteger ao mesmo tempo a saúde humana.