Periodontite apical induzida em cães: efeito do tratamento endodôntico. Estudo microbiológico, tomográfico e de microscopia confocal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Zapata, Ronald Ordinola
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25138/tde-24032010-100850/
Resumo: Este trabalho teve o objetivo de avaliar a capacidade da bactéria Enterococcus faecalis em induzir periodontite apical no modelo experimental canino; verificar se o preparo químico-mecânico afeta a sobrevivência dessa bactéria no sistema de canais radiculares e avaliar o reparo desses dentes por meio de radiografia periapical e tomografia computadorizada cone beam. Dentes com e sem tratamento endodôntico foram avaliados por meio de microscopia confocal de varredura a laser. Para tal, foram utilizados 2 cães. A bactéria Enterococcus faecalis foi inoculada nos canais de 4 pré-molares superiores, 11 prémolares inferiores e 9 incisivos superiores. As câmaras pulpares foram seladas e, após 60 dias, os canais das raízes distais dos pré-molares e de 7 incisivos superiores foram submetidos a tratamento endodôntico em sessão única e os canais das raízes mesiais dos pré-molares e 2 incisivos superiores foram deixados sem tratamento (controle). Amostras microbiológicas foram feitas antes e após o preparo químico-mecânico. O reparo foi avaliado após 6 meses do tratamento mediante radiografias periapicais e por tomografia computadorizada cone beam. A comparação entre as imagens obtidas após o período experimental pelos 2 métodos foi feita por medições da área em mm2 de cada lesão encontrada, utilizando o software ImageTool Os resultados mostraram que a presença de periodontite apical crônica foi verificada em todos os dentes inoculados, independentemente da colonização pela bactéria Enterococcus faecalis ou pela flora mista. O preparo químico-mecânico reduziu significativamente o número de bactérias no interior dos canais radiculares (p<0.05). Os resultados radiográficos e tomográficos demonstraram lesões de menor diâmetro nos dentes tratados endodonticamente em comparação ao grupo controle (p<0.05). A comparação entre os métodos demonstrou diferença estatística entre eles sendo evidenciada áreas radiolúcidas maiores utilizando a tomografia cone beam em comparação com a radiografia periapical (p<0.05). Concluiu-se que a bactéria Enterococcus faecalis induziu periodontite apical crônica similarmente à flora mista; o tratamento endodôntico reduziu o número de bactérias cultiváveis significativamente embora sem relação com o reparo radiográfico. Os dentes tratados em sessão única apresentavam lesões menores em comparação aos não-tratados e as áreas das lesões observadas na TC cone beam foram maiores do que as áreas encontradas nas radiografias periapicais. A microscopia confocal e o método proposto neste estudo se mostraram eficazes para determinar, qualitativamente, a viabilidade bacteriana e a distribuição de ácidos nucléicos bacterianos dentro dos túbulos dentinários. Houve diferença entre a dentina infectada in vitro com o padrão de infecção in vivo, caracterizada pela presença de biofilmes aderidos à parede do canal radicular.