Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Iha, Mônica Hashimoto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-13042017-101047/
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Resumo: |
Atualmente, o agronegócio predomina como modelo de desenvolvimento agrário e agrícola no campo brasileiro. Este modelo, caracterizado pela expansão territorial de grandes monoculturas dependentes de insumos industrializados, afirma o processo de desenvolvimento desigual no Brasil. Diante da magnitude dos impactos sociais e ambientais negativos, movimentos sociais de luta pela terra irão propor novos caminhos como alternativa ao modelo da Revolução Verde. Nesse contexto, surge na cidade de Ribeirão Preto SP a reivindicação por uma reforma agrária sustentável. Uma proposta de uso camponês do território em resposta ao avanço das atividades agrícolas monocultoras em grande escala, as quais têm exposto, ao risco de degradação, as áreas de recarga do Aquífero Guarani sobre a qual o município o está situado. No ano de 2007, 264 famílias constituíram o Assentamento Mário Lago a partir de um compromisso em conciliar a vida no campo à recuperação e conservação ambiental. Neste contexto surge a motivação para produzir a partir de uma agricultura com base na agroecologia. Este trabalho analisa o processo de consolidação desta proposta no assentamento Mário Lago, iniciado em 2011 através de uma parceria firmada entre MST e a Associação de Produtores Agroflorestais da Barra do Turvo e Adrianópolis, conhecida como COOPERAFLORESTA. Em uma abordagem da geografia das lutas sociais no campo, esta tese apresenta o processo de apropriação da agrofloresta como sistema agrícola capaz de favorecer a autonomia, o protagonismo dos camponeses fortalecendo processos de recampesinização. O reconhecimento dessas ações está presente na política, na sociedade e especificamente nas novas relações estabelecidas entre seres humanos e natureza, que será compreendida como a relação dos camponeses com a terra. A pesquisa busca compreender o ponto de vista desse grupo, desde aspectos simbólicos que permeiam a prática do cultivo de florestas, aos resultados econômicos, benefícios sociais alcançados, assim como a convergência, dilemas e conflitos, presentes na afirmação de uma reforma agrária agroflorestal. |