Avaliação dos níveis plasmáticos e possíveis alterações clínico-laboratoriais em pacientes portadores de hipertensão arterial sistêmica na terapia com nifedipina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2005
Autor(a) principal: Amaral, Renata Teixeira do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/9/9141/tde-29012018-101149/
Resumo: A nifedipina atua como bloqueador de canais de cálcio inibindo o fluxo transmembrânico de ions Ca2+ no interior das células do músculo cardíaco e células do músculo liso vascular, o qual induz ao relaxamento do músculo liso e diminuição da resistência vascular periférica. É utilizado no Brasil no tratamento de hipertensão arterial sistêmica (HAS), faz parte da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais do Ministério da Saúde e vem sendo distribuída pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo. Uma vez que a determinação plasmática do fármaco contribui para maior segurança de seu uso, o objetivo deste trabalho se prendeu em padronizar e validar um método analítico em cromatografia em fase gasosa com detecção por captura de elétrons, sensível, específico e reprodutível para a quantificação das concentrações plasmáticas com a finalidade de avaliar a relação entre a dose diária de 60mg e a concentração plasmática versus a resposta da pressão arterial sistêmica, observando a ocorrência de possíveis reações adversas, alterações bioquímicas e hematológicas, em pacientes portadores de HAS, submetidos à farmacoterapia. O método apresentou linearidade na faixa de 10 a 200 ng.mL-1 , com coeficiente de correlação (r) igual a 0,9977. Coeficientes de variação de precisão intra e interensaio menor que 10% e recuperação absoluta da nifedipina de 74,47 a 75,97%. Os limites de detecção e quantificação do método foram de 1,0 e 2,0 ng.mL-1, respectivamente e o fármaco demonstrou ser estável por 90 dias quando armazenado a -70°C ao abrigo da luz. Os dados observados no presente estudo permitiram evidenciar que os pacientes apresentaram concentrações plasmáticas no intervalo terapêutico preconizado, as quais foram efetivas na redução da pressão arterial sistólica e diastólica. Estas concentrações não acarretaram efeitos adversos em nível do sistema hematológico e bioquímico estatisticamente significativos e em relação às reações adversas relacionadas ao medicamento, tais como: cefaléia, edema periférico vascular, tontura, hipotensão arterial, rubor, tosse e cãibras, apesar de relatadas de forma significativa pelos pacientes no inicio do tratamento, foram ao longo do mesmo minimizadas e pouco relatadas.