Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Souza, Lorena Oliveira de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-30112021-113255/
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Resumo: |
O presente trabalho reflete a respeito da prática teatral de improvisação no espaço escolar. Interroga como a prática do teatro de improvisação, constituindo-se como espaço de escuta do adolescente no espaço escolar, pode contribuir para mudança de posição subjetiva por parte dos estudantes, no contexto contemporâneo. Sua hipótese é a de que a prática com o teatro de improvisação colabora para a construção de pontos de ancoragem que podem ajudar os jovens no processo de elaboração e sustentação da fantasia que se constitui no final da infância. Essa conquista lhes permitiria, no espaço escolar, ressignificar sua relação com o saber. Para explorar essa hipótese, no período de 2017 a 2019, oficinas de teatro foram oferecidas no contraturno escolar aos participantes da pesquisa: onze estudantes regulares do ensino fundamental II matutino. O corpus da pesquisa é composto por diários de campo, entrevistas e cartas escritas pelos participantes. O objetivo geral do estudo é refletir a respeito de vivências realizadas em um grupo de teatro de improvisação composto por alunos do ciclo fundamental II de uma escola pública da zona oeste da capital de São Paulo, visando a apreender como se constitui um espaço em que os adolescentes possam refletir a respeito de suas questões pessoais, em articulação com as questões sociais e culturais de seu tempo histórico. Os objetivos específicos, por sua vez, são dois: 1) Refletir a respeito das especificidades da constituição subjetiva dos adolescentes contemporâneos participantes da pesquisa, considerando o possível mal-estar gerado pelos laços frágeis de nossos tempos; e 2) Explorar as inter-relações do teatro de improvisação com a educação, ressaltando suas potencialidades como espaço de elaboração de um possível mal-estar vivenciado pelos participantes da pesquisa. Na análise das cenas de teatro de improvisação construídas pelos jovens, salientaram-se suas interrogações acerca de questões raciais e de gênero; seu mal-estar na constituição de suas posições sexuadas; sua solidão e sua busca por escuta. Por sua vez, no exame das cartas redigidas pelos jovens, pudemos ver elementos que nos indicam mudanças de posição subjetiva, considerando que houve alteração de suas formas de satisfação pulsional, particularmente por meio da sublimação. Assim sendo, concluímos que, no espaço escolar, a prática de teatro de improvisação pode se configurar como um espaço privilegiado de escuta do adolescente, consistindo em uma instância na qual ele pode elaborar suas questões, possibilitando novas formas de se relacionar com o saber inconsciente. |