Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Salazar, Michelle Rodrigues |
Orientador(a): |
Pasini, Vera Lúcia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Palavras-chave em Inglês: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/10183/204301
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Resumo: |
O atendimento psicoterápico de crianças e jovens em acolhimento institucional mobiliza muitas questões no psiquismo de um psicoterapeuta, é um encontro de mundos que desassossega e desacomoda uma série de paradigmas e lugares comuns. Para compreender a adolescência, especificamente, e dialogar com a história de adolescentes institucionalizados é preciso se deparar com a especificidade do tema. Para além dos sintomas que podem ser encontrados nestes indivíduos que moram em instituições de acolhimento, se ressaltam em suas individualidades caraterísticas como criatividade, motiva- ção, alegria, contentamento e destreza em descobrir saídas para tantos percalços que encontram em seus caminhos. Este estudo pretende contar a história de uma fictícia personagem adolescente em acolhimento institucional, com o intuito de ampliar a compreensão a respeito de situações vividas por indivíduos em situações semelhantes a partir da perspectiva psicanalítica formulada por Ricardo Rodulfo, psicanalista argentino que trabalha com a ideia de desconstrução da psicanálise. As principais noções buscadas para esta reflexão são: o Complexo de Édipo; os lugares ocupados pelas instâncias de subjetiva- ção; e a figura paterna. O foco desta pesquisa está na reflexão sobre a produção de subjetividade dos jovens em acolhimento institucional, considerando as diversas instâncias de subjetivação que os rodeiam, e compreendê-los como sujeitos em suas manifestações singulares, tirando o foco de possíveis psicopatologias que podem apresentar ao longo de suas histórias. Além dos elementos sugeridos pelo autor (a família, a escola, os pares, as telas e as ficções), propusemos uma nova instância que se mostra operante nesta especí- fica situação da adolescência em uma instituição – o tempo. A passagem adolescente não possui um tempo determinado de elaboração nos indivíduos, porém a vivência do adolescente nas instituições de acolhimento sim, pois ao alcançar a maioridade legal são desligados da instituição. O possível desalinho do tempo cronológico e do tempo psíquico acaba impondo seus efeitos neste momento da vida dos indivíduos institucionalizados. |