Ação política e vida pública em Hannah Arendt: elementos para uma compreensão da cidadania

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Silva, Éliton Dias da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-28072023-181026/
Resumo: Este trabalho tem por objetivo investigar no pensamento de Hannah Arendt, mais especificamente na categoria da ação política, elementos filosóficos para a compreensão do conceito de cidadania. Desse modo, estruturaremos nossa reflexão em três movimentos principais: Em um primeiro momento, discutiremos as condições de participação no espaço público e buscaremos demonstrar como determinados pressupostos interferem no efetivo direito do sujeito à ação e à cidadania. Não bastam a concessão formal de acesso ao espaço público, o direito à igual participação e livre expressão – isonomia e isegoria –, é necessário ao cidadão condições laborais que possam lhe assegurar tempo e subsistência mínima para a ação no espaço público. Em seguida, abordaremos o tema da questão social e da sociedade no qual apontaremos como hipótese que, se por um lado, as condições de carência material e as demandas pela satisfação do processo vital provenientes da esfera privada se interpõem à participação na vida pública e ocasionam a negação da política, por outro, as noções de solidariedade, sociedade civil e mundanidade podem fornecer elementos para pensar as condições de recepção de tais demandas nas instituições políticas e de sua possível deliberação mediante diálogo com a economia. E, por fim, discutiremos a constituição do espaço público, condição formal para a cidadania, bem como os limites da representação o sentido da ação, indissociável da participação política, como única atividade humana que proporciona a liberdade, sendo um fim em si, condição humana da pluralidade e da felicidade pública.