O setor supermercadista no Brasil nos anos 1990.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Sesso Filho, Umberto Antonio
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-11072003-140924/
Resumo: O setor supermercadista no Brasil passou por profundas transformações na década de 1990 tais como o processo de consolidação das maiores empresas, automação comercial e uso de transferência eletrônica de informações. O objetivo do estudo foi analisar o impacto das modificações deste setor sobre a economia utilizando a teoria insumo-produto. Para tanto, o novo setor Supermercados foi desagregado do setor Comércio na matriz de insumo-produto do Brasil para os anos de 1990, 1995 e 1999 e os indicadores econômicos referentes à geração de emprego, renda, produção e impostos e índices de ligações intersetoriais foram calculados para todos os setores da economia. Para os anos de 1995 e 1999 também foi aplicada uma nova metodologia para análise setorial do varejo, a qual consiste em incorporar os valores a preços básicos das mercadorias comercializadas como custos operacionais do setor supermercadista. Além disso, foi estimado o produto interno bruto setorial do novo setor Supermercados para os anos indicados anteriormente. As principais conclusões da pesquisa são de que o setor Supermercados apresenta grande importância na geração de emprego, renda, produção e imposto sobre circulação de mercadorias e serviços (ICMS) para o período 1990-1999 e o PIB setorial é de aproximadamente 5% do produto interno bruto nacional. Para o ano de 1999, valores obtidos pela nova proposta metodológica, os supermercados eram capazes de gerar 154 empregos totais, cerca de R$ 400 mil em salários e R$ 110 mil em impostos (ICMS) para uma variação da demanda final de um milhão de reais. O maior impacto da variação da produção dos supermercados em termos de geração de emprego, renda e produção ocorre sobre os setores Agropecuária, Outros produtos alimentares, Beneficiamento de produtos vegetais, Indústria de laticínios, Comércio, Serviços prestados às famílias e Aluguel de imóveis. O impacto sobre a Agropecuária e indústria de alimentos ocorre principalmente por efeito indireto e sobre os setores de serviços por efeito induzido. Outras indústrias passam a indicar maior influência das vendas dos supermercados sobre sua produção, emprego e renda, principalmente Artigos plásticos, Artigos do vestuário e Serviços prestados às empresas. Isto indica a diversificação dos produtos comercializados pelos supermercados com itens não-alimentos, principalmente com a abertura de hipermercados, e maiores gastos com propaganda e outros serviços prestados às empresas.