Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Valent, Isabela Umbuzeiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-16062021-150900/
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Resumo: |
Esta pesquisa discute os desafios para instauração dos direitos sociais no Brasil após a Constituição de 1988 refletindo sobre as formas como se deram as políticas culturais e de saúde no período, os efeitos do neoliberalismo nos processos de subjetivação e a produção do comum. Como contraponto a esse processo, foram acompanhadas experiências coletivas de criação que acontecem na cidade de São Paulo desde a década de 1990 que envolvem práticas artísticas, culturais e de cuidado. Tais práticas instauram comunidades heterogêneas em espaços públicos ou abertos da cidade tecendo uma rede não institucionalizada que produz saúde mental. A pesquisa-intervenção efetivou uma proposta de produção compartilhada do conhecimento, que se deu em um processo de criação audiovisual colaborativa. Por meio do olhar e das sensações de seus participantes, foram realizadas filmagens e entrevistas documentando as experiências de sete Coletivos dessa rede: Cia. Teatral Ueinzz; Coral Cênico Cidadãos Cantantes, Oficina de Dança e Expressão Corporal (Odec); Coletivo Preguiça; Ponto de Cultura É de Lei; Ponto Benedito Economia Solidária e Cultura e; Clínica Pública de Psicanálise; que derivaram no documentário Incomuns e em um acervo digital contendo filmes sobre cada Coletivo e todas as entrevistas realizadas. A documentação revela que a ação dos Coletivos tece redes de apoio que se organizam de forma autônoma para além das políticas institucionais e faz emergir estratégias de cuidado para lidar com a diversidade cultural e com aquilo que é considerado incomum. O processo de produção compartilhada do conhecimento realizado pela pesquisa propiciou conexões entre a rede e enriqueceu suas possibilidades de diálogo e cooperação. A sistematização e análise sobre os modos de criação, sustentação e agenciamento operados pelos Coletivos forneceram aportes para a reflexão sobre quais tipos de políticas poderiam apoiar práticas coletivas autônomas transversais implicadas no comum, propiciando a existência de outras culturas do cuidado. |