Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Galiano, Camila |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-09082024-093227/
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Resumo: |
Na enfermagem, a função de supervisionar a equipe é, tradicional e legalmente, atribuída ao enfermeiro, profissional que responde pelo gerenciamento do serviço de enfermagem perante ao órgão fiscalizador da profissão - Conselho Regional de Enfermagem. Esta pesquisa teve como objetivo analisar limitações e potencialidades da supervisão de enfermagem segundo a perspectiva de enfermeiros e técnicos de enfermagem de um Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Para tanto, foi desenvolvida uma pesquisa descritiva, de dados qualitativos, utilizando a Técnica do Incidente Crítico (TIC). Para o estudo, foi selecionada uma base descentralizada do SAMU. Os participantes foram enfermeiros e técnicos de enfermagem, totalizando 17 profissionais de enfermagem (técnicos de enfermagem e enfermeiros). A coleta de dados foi desenvolvida, por meio de entrevista semiestruturada, no período de abril a junho de 2022. Aos participantes da pesquisa, foi fornecido o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As entrevistas foram realizadas individualmente, gravadas com o auxílio de dois gravadores digitais, transcritas pela própria pesquisadora e submetidas à análise do conteúdo dos Incidentes Críticos (IC), seguidas do agrupamento e categorização das situações, comportamentos e consequências utilizando-se planilhas eletrônicas no Microsoft Excel. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética e Pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto (CEP-EERP). Os resultados estão apresentados com os elementos que compõem a tríade do IC, com 77 situações, das quais 17 (22%) receberam referências positivas e 60 (78%) negativas, agrupadas nas categorias: Singularidades da Supervisão de Enfermagem, Estruturais, Gestão de Pessoas e Regulação de Vagas; 204 comportamentos, sendo 76 (37%) positivos e 128 (63%) negativos, reunidos nas categorias: Interagir com o Colega, Aprender com a Prática, Atender no SAMU, Desenvolver a Supervisão e Manejar Questões Estruturais; 160 consequências, destas 52 (33%) positivas e 108 (68%) negativas, compiladas nas categorias Singularidades da Supervisão de Enfermagem, Educação, Relacionamento e Materiais e Rotinas. O estudo permitiu analisar as interfaces da rotina de trabalho dos profissionais de enfermagem em uma base descentralizada do SAMU, e resultou na identificação de fatores potencializadores e limitantes para a supervisão de enfermagem nesse contexto de trabalho. Entre as potencialidades, destacam-se: Apoio institucional, educação como ferramenta de supervisão, reuniões de equipe em ambiente seguro, feedback oportuno e gestão participativa, entre os fatores limitantes da supervisão de enfermagem, evidencia-se: fragmentação da equipe (supervisão de enfermagem indireta), falta de materiais e manutenção, sobrecarga de trabalho do enfermeiro (acúmulo de funções), conflitos e falta de comunicação. Ressalta-se a relevância dos aspectos educacionais para auxiliar a supervisão de enfermagem nesse contexto de trabalho em que o enfermeiro e o técnico de enfermagem compõem equipes distintas, enquanto é mantida a responsabilidade da supervisão sobre o técnico de enfermagem, esse contexto de trabalho foi o fator que trouxe maiores impactos nos desafios para a supervisão de enfermagem no SAMU. |