Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Holderbaum, Flora Ferreira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27158/tde-14082019-115237/
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Resumo: |
Este trabalho trata da voz enquanto relação entre um corpus de composições e performances para voz, uma revisão de literatura sobre algumas noções discursivas sobre voz e um diário vocal pessoal que desenvolvi, o qual articula esses campos analíticos e práticos. Problematizo as noções de voz e vocalidade através da análise das formações discursivas dentro dos estudos da voz e analiso a relação destas formações com as vozes e vocalidades propostas em algumas composições e performances, com ênfase em obras de Valéria Bonafé, Lílian Campesato e Inés Terra. Questiono como os silenciamentos históricos da voz, enquanto evidência de corporalidade, foram entronizados no modo como compreendemos a voz e criamos com ela. Além da análise documental/textual e das análises das obras, o método aqui escolhido articula a problematização e a conceituação da voz enquanto uma prática vocal. Isso é feito a partir de um processo duplo que chamei de diário vocal, que consiste da realização e gravação de conversas com as compositoras e performers e de minha própria voz gravada em meus estudos e leituras diários, bem como da subsequente escuta e transcrição destes registros. Essa prática de documentação possibilitou um processo de análise musical/sonora que não se deu previamente sobre as peças abordadas, em forma de prognóstico, mas demandou uma escuta ativa da voz gravada e uma recepção da modulação sonora da minha voz e da voz das artistas em foco, caso a caso, entre pensamento, som, fala, escuta, conversa, discussão e escrita. Assim, o processo se constituiu como uma geografia afetiva de vozes e vocalidades, no cruzamento dos âmbitos da performance/composição musicais, dos estudos da voz e do método de voz, através do diário vocal. Deste modo, considero o diário vocal um método de cartografia da voz, pois é a ele que é endereçado o desvio metodológico entre prática (práxis) e discurso (lexis), a fim de analisar a problemática vocal na criação atual ao mesmo tempo em que \'se faz\' o que se pesquisa: pensar os limites do logos vocal atual é escutar/\'performar\' o grão radical da voz e vice-versa. |