Qualidade do pélete de rações para equinos em diferentes padrões de granulometria do milho em indústria com moagem individual

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Costa Filho, Henrique
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-16032022-120248/
Resumo: O Brasil possui o 4 º maior rebanho de equinos do mundo com 5,85 milhões de cabeças, e as indústrias locais de rações comerciais atendem esse mercado com produtos na maior parte na forma peletizada ou de multipartículas, onde o pélete é um dos constituintes. Entretanto, manutenção de aceitável qualidade do pélete para processos de moagem dos ingredientes mais economicamente eficientes, é um desafio. O objetivo desse estudo foi avaliar o efeito de 3 diferentes granulometrias da moagem do milho usado na fabricação de rações peletizadas para equinos, em fábrica com moagem individual, sobre a eficiência econômica e qualidade dos péletes. O experimento foi conduzido em uma fábrica de rações comerciais para equinos, e foram avaliados a abertura das peneiras de moagem, o diâmetro geométrico médio (DGM), o desvio padrão geométrico (DPG), o diâmetro dos péletes, o índice de durabilidade do pélete (PDI), consumo de energia elétrica do moinho e rendimento de moagem. O delineamento experimental utilizado foi o inteiramente casualizado, e os tratamentos consistiam em 3 diâmetros de peneira de moagem, sendo: moagem em peneira de 3 mm (M3) moagem em peneira de 5 mm (M5) e moagem em peneira de 8 mm (M8), sendo 10 repetições por tratamento para a abertura da peneira, 10 repetições por tratamento para o PDI, 30 repetições por tratamento para diâmetro do pélete e 4 repetições por tratamento para o DGM e, para o rendimento da moagem, foi realizada uma única repetição por tratamento. Os dados foram submetidos à análise de variância, utilizando o modelo misto do pacote PROC GLM do programa SAS (Statistical Analysis System). Quando a diferença foi significante, o teste de Tukey foi usado para separar as médias dos tratamentos, considerando significância de 5%. Foi observada diferença (P = 0,0001) para as aberturas das peneiras, com valores de 2,58, 4,42 e 7,64 mm, respectivamente aos tratamentos M3, M5 e M8. A moagem M8 aumentou o DGM em aproximadamente 445 µm, em relação às moagens M3 e M5, respectivamente 764,5, 864,5 e 1209,5 µm (P = 0,0001). A moagem M3 se apresentou mais uniforme, medida através do DPG, que as moagens M5 e M8, respectivamente 1,835, 2,07 e 2,218 (P = 0,0006). Foi observada diferença (P <0,05), para o parâmetro diâmetro do pélete, apenas do tratamento M8, com valores de 4,774, 4,805 e 4,823 mm, respectivamente. O PDI mostrou, para todos os tratamentos, valores acima de 97%, sem diferença (P >0,05), com valores de 98,5, 98,3 e 97,9%, respectivamente. A economia no consumo de energia por tonelada de milho moído entre a M3 e a M8 foi de 71,5% e a produtividade da moagem do milho aumentou em 3,3 vezes. Pode-se concluir que a moagem do grão de milho em diferentes diâmetros de peneira utilizada na fabricação de rações peletizadas para equinos, em indústria com moagem individual, produzem diferentes diâmetros geométrico médio, que melhoram a eficiência econômica e não interferem na qualidade dos péletes.