Sequência de eventos primários do desenvolvimento de Hemileia vastatrix em folhas de cafeeiro com suscetibilidade genética, resistência induzida ou resistência genética

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1988
Autor(a) principal: Martins, Elza Maria Frias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20191218-122510/
Resumo: O desenvolvimento do fungo Hemileia vastatrix Berk et Br. raça II predominantemente, foi observado ao microscópio de epifluorescência, até 288hs após a inoculação em Coffea arábica c.v. "Mundo Novo" com ou sem resistência induzida pela aplicação prévia de extrato de fermento (MN-R e MN, respectivamente), e no híbrido "Sarchimor" (Sch). O fungo se desenvolveu de forma semelhante nas três interações estudadas, até a diferenciação de vesícula sub-estomática que ocorreu entre 24 e 36hs após a inoculação. A expressão da incompatibilidade entre cafeeiro e ferrugem nas interações Sch X raça II e MN-R X raça II foi detectada ao microscópio 48-72hs após a inoculação do fungo, quando a inibição do desenvolvimento do fungo pôde ser notada. A grande maioria das colônias foi abortada após a vesícula sub-estomática, no estágio de 1 célula-mãe de haustório (1 CMH) em Sch e 2 CMH em MN-R. Na interação Sch X raça II, 192hs após a inoculação do fungo, ca. de 50% das colônias apresentavam-se associadas a células epidérmicas ou mesofílicas com sinais de necrosamento. As estruturas do fungo nas colônias abortadas exibiam uma auto-fluorescência amarela semelhante a das células necrosadas do hospedeiro que as circundavam. Nessa interação, aparentemente a morte do fungo precedeu á reação de necrosamento das células hospedeiras. Na interação MN-R X raça II, 80% das colônias não puderam mais ser visualizadas pelas técnicas utilizadas, 72hs após a inoculação do fungo, sugerindo ter ocorrido profundas alterações nas estruturas do fungo que não foram acompanhadas de reação de necrosamento das células hospedeiras. Em todas as três interações estudadas, a maioria das primeiras CMH diferenciou haustório em célula epidérmica entre 48 e 72hs após a inoculação. Na combinação incompatível Sch X raça II os primeiros haustórios mostraram um crescimento reduzido, e 96hs após a inoculação a grande maioria apresentou-se encapsulada em um espessamento, que aparentemente se desenvolve a partir da parede celular do hospedeiro. Os resultados obtidos sugerem que a expressão de resistência em Sch ocorre mais rapidamente do que em MN-R, e através de mecanismos distintos.