Propriedades globais de superaglomerados de galáxias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Duarte, Marcus Vinicius Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/14/14131/tde-27062013-101021/
Resumo: Estudamos neste trabalho as propriedades globais dos superaglomerados de galáxias com uma amostra de galáxias observadas espectroscopicamente pelo Sloan Digital Sky Survey (SDSS). Nossa amostra limitada em volume possui 121.002 galáxias com $M_r<-21$ dentro do intervalo de redshift $0,02<z<0,155$. Identificamos os superaglomerados utilizando os métodos de campo de densidades e \\textit{friends-of-friends}. Escolhemos um parãmetro de suavização $\\sigma=8h^{-1}Mpc$ e amostramos o campo de densidades numa grade de largura $l_{cel}=4h^{-1}Mpc$. Com o intuito de avaliar o efeito do limiar de densidade na identificação dos superaglomerados, escolhemos dois valores: um correspondente ao número máximo de estruturas em grande escala e um com o maior superaglomerado com dimensão de aproximadamente $120h^{-1}Mpc$. Para cada valor obtivemos a riqueza e a luminosidade total dos objetos. Para uma análise morfológica, os Funcionais de Minkowski foram calculados e os superaglomerados foram classificados como filamentos, fitas e panquecas. Analisando possíveis correlações entre as características dos superaglomerados, encontramos que filamentos tendem a ser mais ricos e consequentemente mais luminosos e com uma maior dispersão de velocidades. Usando a distribuição cumulativa de luminosidade de superaglomerados, encontramos que as distribuições de filamentos e fitas são distintas entre si. Num apêndice apresentamos um estudo das populações estelares de galáxias em superaglomerados. Calculamos a densidade local para cada galáxia e estudamos um análogo da relação morfologia-densidade através da relação entre densidade local e os parâmetros espectrais. Nenhuma diferença significativa foi notada entre filamentos, fitas e panquecas. Em outras palavras, comportamentos similares foram identificados para todos os parâmetros espectrais e morfologias dos superaglomerados, em todos os limiares. Resultado semelhante foi obtido para a distribuição cumulativa dos parâmetros espectrais. Finalmente, estudamos a influência dos aglomerados no ambiente interno dos superaglomerados. Valores médios dos parâmetros espectrais foram calculados dentro de esferas centradas nas BCGs (\\textit{Brightest Cluster Galaxies}) e verificamos todos os perfis dos parâmetros espectrais apresentam tendências a populações mais jovens à medida que a distância da BCG aumenta. O perfil mediano apresentou valores assintóticos para distâncias maiores que aproximadamente $8h^{-1}Mpc$. Esse valor é da mesma ordem que o parâmetro de suavização o que usamos, o que pode explicar porque não encontramos relações entre a morfologia dos superaglomerados e os valores médios dos parâmetros espectrais das populações estelares das galáxias que os constituem.