Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Pagotti, Renata Elizabete |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-09012014-104435/
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Resumo: |
Introdução: Na prática dos serviços de saúde, observa-se que as enteroparasitoses ocupam um importante papel no dia a dia das famílias e são mais frequentes em áreas urbanas cujo nível socioeconômico é reduzido. No Brasil, estudos indicam que, em algumas regiões, a prevalência de enteroparasitoses em crianças chega a acometer 61% da população. A área escolhida para o estudo abrange bairros de periferia do município de Ribeirão Preto, sendo estes: Maria Casagrande Lopes, Conjunto Habitacional Alexandre Balbo, Loteamento Jardim Orestes Lopes e Parque dos Pinus, cuja população é atendida pela Unidade Básica de Saúde Maria Casagrande Lopes, Ribeirão Preto-SP. A escolha do tema desta pesquisa teve por justificativa a gravidade das enteroparasitoses na primeira infância, as barreiras socioeconômicas e culturais da população em estudo e os escassos estudos sobre a situação atual das enteroparasitoses na comunidade do município do estudo. Objetivos: determinar a prevalência e possíveis associações desta com os fatores socioeconômicos, demográficos, fatores de risco e as condições de saúde de uma população de 962 crianças de três a 12 anos, na área de abrangência de uma UBS no município de Ribeirão Preto-SP. Materiais e Métodos: trata-se de um estudo epidemiológico, de delineamento transversal, com população amostral de 462 crianças, nas quais se realizou exame de fezes para determinar a razão da prevalência de enteroparasitas. Além disso, aplicou-se um questionário aos responsáveis das crianças, abordando questões que permitissem a realização de associações de prevalência de enteroparasitas com as variáveis: escolaridade da mãe, renda familiar, idade, sexo e tipo de água consumida no domicílio. Para a análise dos dados foi utilizado o programa SPSS 10.0 e Ri3863.0.0, sendo aplicados os testes Qui quadrado e Fisher, com nível de significância de p<0,05. O projeto obteve aprovação do Comitê de Ética da EERP em 16/02/2011 (nº1252/2011). Resultados: os resultados evidenciaram que a prevalência de enteroparasitas foi alta (57,5%), sendo 54,4% no sexo feminino e 60,9% no sexo masculino. Giardia lamblia foi o parasita mais prevalente entre as crianças infectadas (50,8%), seguido de Ascaris lumbricoides (17,8%), Entamoeba histolytica, Hymenolepis nana, Entamoeba coli e Enterobius vermiculares (5,6-7,3%) e outros parasitas com frequências menores. Das amostras positivas, 64,9% apresentaram monoparasitismo, 27,6%, biparasitismo e 7,5%, poliparasitismo. Não houve associação estatisticamente significativa entre a prevalência e os fatores de risco analisados. Apesar disso, constatou-se que 67,2% da amostra populacional da área estudada consumia água diretamente da torneira, e 49,9% dos responsáveis lavavam as frutas e verduras somente com água. Todas as crianças parasitadas foram medicadas, e foi realizada uma atividade educativa com os familiares. Conclusão: apesar de a área de abrangência do estudo apresentar mínimas condições socioeconômicas e demográficas, isto é, maioria das famílias ter renda maior que um salário-mínimo, bairros com 100% de coleta de lixo, 99,7% de cobertura de energia elétrica, presença de apenas uma residência com fossa séptica e a maioria das mães ter escolaridade até o ensino médio, dentre outros; detectou-se elevada prevalência de enteroparasitas nas crianças. Esses achados sugerem a necessidade da implementação de ações com enfoque na promoção de saúde para essa população |