Ethos da revista Exame e labirintos dos gêneros constituintes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Ramos, Cleonice Men da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8139/tde-31072007-152240/
Resumo: A revista EXAME, apesar de constituída por diversos gêneros, concretiza uma formação discursiva única e, como mídia impressa de temática que diz respeito à esfera de negócios, economia e administração, representa um suporte material do discurso jornalístico e é ponto de partida do olhar analítico. Considerando que no texto e no discurso sempre há indícios do ator da enunciação, tomam-se para análise, para depreender o perfil do sujeito enunciador da Revista, textos veiculados nesse meio de comunicação, dados como unidades integrais. Cada um desses textos materializa um gênero e, ao fazê-lo, viabiliza mecanismos que engendram efeitos de sentido que delineiam o modo de presença, o éthos e o estilo do enunciador da totalidade integral: a revista EXAME, éthos este que é a meta analítica ora estabelecida. Por meio do agrupamento dos textos que materializam o mesmo gênero textual e considerados os temas e as figuras recorrentes, procede-se à abstração das invariantes. Os textos constituintes da revista são, portanto, observados na medida em que criam o sentido numa relação de interdependência e de complementaridade com a totalidade integral e legitimam o discurso da revista EXAME. Por meio da constatação de certa homogeneidade discursiva, fundada na heterogeneidade constitutiva, emerge o sujeito, como efeito de identidade. Por conseguinte, será observado como e por quê o enunciador da revista EXAME, sujeito sempre pressuposto ao enunciado, produz o texto para o enunciatário (co-enunciador) e este, por sua vez, como imagem reflexiva daquele, torna-se igualmente construtor do discurso. Enunciador e co-enunciador, ambos sujeitos semióticos participantes do ato comunicativo, são \"incorporados\" na medida em que se instituem por meio de um corpo com voz e tom de voz próprios