Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Torelli, Alessandro Gonzalez |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-09032022-145041/
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Resumo: |
Após a lesão medular inicial, segue-se a necrose celular que, inicialmente, está restrita a essa área. À medida que eventos metabólicos e vasculares desencadeados pela lesão inicial vão somando-se a esse processo, tecidos intactos sofrem lesão secundária apoptótica. Dessa forma, a área de dano celular é ampliada e, consequentemente, o comprometimento neurológico e funcional desses pacientes é agravado. Os esforços terapêuticos nos casos de lesão medular têm se concentrado em reduzir a lesão secundária e em promover a regeneração axonal. Atualmente, porém, não há estratégias farmacológicas com benefício comprovado e aplicabilidade clínica no tratamento de pacientes acometidos por lesões medulares. Estudos realizados, a partir de lesão medular programada em modelos animais, têm sugerido que algumas drogas como a eritropoietina (EPO) e o gangliosídeo G(M1) demonstraram efeitos neuroprotetores e neurotróficos quando administrados imediatamente após a lesão. Neste estudo, estabeleceu-se como objetivo a avaliação desses possíveis efeitos funcionais e imuno-histoquímicos da (EPO) e do G(M1) tanto de forma isolada como combinada. Para tal, um modelo de lesão medular contusa foi reproduzido em camundongos Balb C, com o objetivo de avaliar desempenho dessas drogas em um modelo de pesquisa com cobaias que oferecem maior facilidade de manuseio, maior resistência e menor custo. Por sorteio, os 32 camundongos foram divididos em quatro grupos: grupo G(M1), composto por animais que sofreram lesão medular e administração de gangliosídeo G(M1) (30 mg/kg); grupo (EPO), composto por animais que sofreram lesão medular e administração de eritropoetina (1000 UI/kg); grupo combinado, composto por animais que sofreram lesão medular e administração concomitantemente de G(M1) e de eritropoetina (EPO); grupo salina, configurou o controle e foi composto por animais que sofreram lesão medular e que receberam injeção de solução salina (0,9%). Para todos os grupos, a administração das drogas foi via intraperitoneal e as lesões medulares experimentais foram provocadas pelo equipamento NYU-Impactor. Os animais foram avaliados segundo a escala BMS e MFS. Após a eutanásia, foi realizada a análise imuno-histoquímica do tecido medular proveniente da área da lesão. O grupo G(M1) apresentou melhor desempenho funcional em ambas as escalas, e o grupo com tratamento combinado apresentou desempenho funcional intermediário entre o grupo G(M1) e o grupo eritropoietina. O pior resultado foi o do grupo salina. A análise das medulas espinhais por imuno-histoquímica mostrou que o número e o comprimento de axônios mielinizados foram significativamente maiores no grupo da eritropoietina do que em qualquer outro grupo que sofreu intervenção (p < 0,01). Esta pesquisa mostrou que o G(M1) e a eritropoietina exercem efeitos terapêuticos na regeneração axonal em camundongos submetidos à lesão experimental da medula espinhal e que a administração de apenas G(M1) teve as pontuações mais altas nas escalas BMS e MFS |