Hospitalizações por complicações agudas do Diabetes mellitus, 2002-2016

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ishizawa, Marília Harumi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17139/tde-08012020-113115/
Resumo: Diabetes mellitus (DM) é uma das doenças crônicas não-transmissíveis mais comuns em praticamente todos os países. As principais complicações agudas do DM são: cetoacidose diabética (CAD), síndrome hiperosmolar hiperglicêmica (SHH) e hipoglicemia, causadas pelo controle ineficaz da taxa glicêmica. Apesar de serem evitáveis, ocorrem com frequência, levando os pacientes à internação e alguns a óbito. Desta forma, o objetivo principal deste estudo foi analisar a tendência das internações, pelo sistema público de saúde, decorrentes de complicações agudas do DM. Isso foi realizado em cinco segmentos diferentes: no Brasil, na região Sudeste, no estado de São Paulo, no Departamento Regional de Saúde XIII e no município de Ribeirão Preto, no período de 2002 a 2016, utilizando como fonte de dados as autorizações de internação hospitalar (AIH) provenientes do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIHSUS), disponíveis livremente no Departamento de Informática do SUS (DATASUS). Os dados foram analisados segundo algumas variáveis como sexo, faixa etária, média de permanência hospitalar e letalidade. Ao longo destes quinze anos, observou-se diminuição na proporção de internações por complicações agudas do DM em relação ao total de hospitalizações, no Brasil e na região Sudeste. Estado de São Paulo, DRS XIII e Ribeirão Preto, mostraram aumento desta proporção no último triênio analisado (2014-2016), após períodos de queda. Verificou-se aumento da letalidade hospitalar em todas as regiões, exceto Ribeirão Preto. Em relação ao sexo, as mulheres apresentaram maiores proporções de internação do que os homens nas cinco regiões analisadas, ao longo dos quinze anos. Notadamente, houve incremento do número de internações na faixa etária mais jovem (0-19 anos), assim como no número de óbitos nessa faixa etária. Não houve diferença quanto à média de permanência hospitalar em relação às internações com desfecho óbito e desfecho alta, ao longo dos quinze anos de estudo e entre as cinco regiões. A diminuição global do número de internações por complicações agudas do DM sugere melhoria do atendimento básico, entretanto o aumento da letalidade hospitalar e a elevação da incidência no grupo etário dos mais jovens são motivos de preocupação e indicam um longo caminho a ser percorrido no que diz respeito ao manejo adequado do Diabetes mellitus.