Elementos de cortesia e atenuação no português rio-pretense e no espanhol malaguenho - um estudo comparativo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Minari, Patricia Gimenez dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-18032013-120639/
Resumo: O objetivo deste trabalho é a análise dos elementos de cortesia e atenuação no Português falado na região de São José do Rio Preto e no Espanhol falado na região de Málaga. Os corpora analisados foram obtidos por meio de entrevistas semidirigidas e fazem parte do Projeto ALIP Amostra Linguística do Interior Paulista, o brasileiro, e PRESEEA - Proyecto para el Estudio Sociolingüístico del Español de España y América, o espanhol. Analisamos um total de 24 entrevistas, sendo 12 de nível médio e 12 de superior, seis em cada idioma, divididas igualmente entre falantes do sexo feminino e do sexo masculino. Os falantes de nível médio tinham idades entre 25 e 45 anos, enquanto que a faixa etária entre os de nível superior era entre 50 e 70 anos. Partindo da teoria pragmática dos Atos de Fala e de estudos mais recentes sobre cortesia e atenuação de teóricos como Leech (2007), Bravo (2001, 2004, 2005), Kerbrat-Orecchioni (2004, 2005, 2006), entre outros, analisamos tanto a fala dos entrevistadores quanto a dos informantes. A partir da fala dos entrevistadores, pudemos observar como as perguntas, as solicitações de informações eram elaboradas em ambos os idiomas. Tal análise possibilitou a verificação de como o entrevistador se posicionava e quais eram as estratégias utilizadas verbos no imperativo, enunciados diretos, uso de atos de preparação ou verbos que visavam a proteger a face do informante. Já a análise da fala dos informantes objetivou a averiguação do uso de outras estratégias, cuja intenção era a defesa pessoal ou de terceiros, protegendo sua própria face ou a do entrevistador. Entre essas estratégias citamos a desfocalização do eu, a proteção à própria face ou à do outro, o uso de elementos atenuadores no momento de expressar opiniões, entre outras. Ao longo de nossa análise investigamos também o posicionamento de cada entrevista no eixo de solidariedade ou poder de acordo com a teoria de Brown e Gilman (1960). Para isso, foi necessário o estudo das formas de tratamento empregadas, bem como o uso ou não de formas nominais. Os resultados obtidos, dentro dos corpora estudados, mostram que a Língua Espanhola é uma língua de mais aproximação com o interlocutor, enquanto que a Língua Portuguesa denota maior distância. Observou-se ainda que determinados elementos como o uso de um tratamento mais formal no caso da Língua Portuguesa se caracteriza mais como uma estratégia conversacional do que uma distância social.