Cortesia e marcadores discursivos: contrastes entre discursos orais chilenos e espanhóis e as percepções de brasileiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Andrade, Adriana Marcelle de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-16112010-155733/
Resumo: Este estudo evidencia o modo como se organizam as estratégias de cortesia que se manifestam na ocorrência dos marcadores discursivos pues, ya e claro em intervenções orais de adolescentes de duas capitais, Madri e Santiago do Chile, presentes no Corpus de Lenguaje Adolescente (COLA). Considerando a diversidade sociocultural (Bravo, 2004) e que os marcadores discursivos sinalizam a direção em que se deve buscar a relevância dos enunciados (Escandell-Vidal, 1998), esta pesquisa também analisa se adolescentes brasileiros, estudantes de língua espanhola, da região de São Paulo, constroem uma interpretação adequada quanto à presença ou ausência da cortesia, ao entrar em contato com as conversações do material de análise. Como resultado, foram descritos os contrastes entre as amostras das variedades - a santiaguina e a madrilena - de língua espanhola quanto ao uso das partículas pues, ya e claro. Observou-se que essas diferenças se relacionam ao contexto de enunciação e ao processamento discursivo, semântico e pragmático desses marcadores, comprovando que a cortesia apresenta particularidades e possui um valor relativo de acordo com a interação verbal, os traços culturais e o tipo de relação social entre os interlocutores. Através da escuta de alguns diálogos extraídos do corpus e guiados por um questionário, a maioria dos estudantes brasileiros construiu interpretações equivocadas das formações discursivas. Verificou-se que estas construções de sentido concerniram ao desconhecimento da forma ou do uso dos marcadores, que impediu que estes orientassem o processo de interpretação, e à desconsideração das diferenças interculturais e dos modelos de cortesia em diferentes interações verbais.