Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Teles, Joseilde Maria |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-22112019-121116/
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Resumo: |
Durante o processo de aprendizagem de uma língua estrangeira, uma das estratégias dos alunos é utilizar a estrutura da língua materna como base para alicerçar a língua estrangeira, produzindo, assim, uma sobreposição artificial. A compreensão dos Tempos Verbais de outro idioma costuma ser árdua, pois, admitindo uma dupla natureza na ordem temporal - por um lado, o Tempo constitui uma construção cognitiva universal, conquistada ao longo do desenvolvimento humano (Piaget, 1946), e, por outro, uma construção linguística convencional, na medida em que aprendemos a localizar ações numa linha do tempo e a expressá-las, em relação ao momento da fala, atendendo às necessidades e pontos de vista de cada idioma - perguntamo-nos: Como é possível reorganizar o Tempo, tanto linguistica quanto cognitivamente, ao aprendermos um novo idioma? Nossa tese é a de que exista necessidade de (re)construção da ordem temporal não apenas no plano linguístico (modo de representar), mas também no plano cognitivo (modo de pensar), isto é, faz-se necessária a construção novos esquemas linguísticos e a reconstrução da noção cognitiva de Tempo. Dessa forma, amparado pela teoria piagetiana, este trabalho pretendeu investigar percepções, hipóteses e justificativas dos sujeitos quanto ao uso dos Tempos Verbais e, principalmente, analisar os processos cognitivos envolvidos na compreensão dos Tempos Verbais na segunda língua. O método escolhido consistiu em coleta de dados por meio de entrevistas semi-estruturadas, com a participação de vinte voluntários, alunos de uma escola de idiomas de São Paulo. O instrumento foi composto por Entrevista Inicial e duas Terefas. Nas Tarefas, os voluntários deveriam escolher conjugações que considerassem adequadas para completar as frases oferecidas e, em seguida, justificar suas respotas. Resultados da Entrevista Inicial, cujo objetivo era investigar percepções, hipóteses e justificativas, trouxeram, entre outros aspectos, respostas relacionadas ao contraste entre uso formal e uso funcional da língua. Além disso, o Tempo surgiu como organizador do discurso e as diferenças no modo de representá-lo apareceram intimamante ligadas à comparação entre o funcionamento da língua materna e da língua inglesa. Quanto aos processos cognitivos, acessados através da resolução das duas Tarefas, encontramos e categorizamos estratégias de compreensão dos Tempos Verbais utilizadas pelos alunos (pistas perceptivas, pistas estruturais, pistas conceituais e dedução contextual) e as associamos aos níveis de processos cognitivos encontrados (intuitivos, intermediários e abstratos), inspirados pela teoria piagetiana |