A produção científica em economia política no tema saúde suplementar e planos de saúde no Brasil entre 2004-2012

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Pires, Jonas Sona de Miranda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6143/tde-30082019-101012/
Resumo: A produção acadêmica na área da economia da saúde é um segmento da economia pouco explorado pelos profissionais de saúde, talvez pelo desconhecimento teórico ou pela falta de interesse desses profissionais em se aprofundar nesta área de conhecimento. No entanto, há uma importante produção acadêmica nesta área, e para nortear esse trabalho, fizemos uso da clássica obra de economia de saúde política de Braga e Paula (1981). Contudo, os artigos elaborados nesse campo estão majoritariamente alicerçados em fundamentos da teoria econômica neoclássica. É importante salientar que os autores neoclássicos recusam a economia como ciência social, pois, negam a complexidade das interações sociais com sua visão tecnicista, baseada em modelos abstratos que não consideram a história e as relações humanas. Portanto, o objetivo desse trabalho é caracterizar a produção de conhecimento da economia da saúde no Brasil, delimitando a discussão existente no contexto da economia política, particularmente nas temáticas de Saúde suplementar e Planos de Saúde. Para tanto, o trabalho está organizado em três partes. A primeira apresenta o campo da economia política e sua relação com a economia da saúde, baseado na contribuição sobre o pensamento econômico em Braga e Paula. A segunda, revisa a produção do conhecimento em economia da saúde, organizada pela Associação Brasileira de Economia da Saúde (Abres), entre 2004 a 2012, que descreve as temáticas da Saúde Suplementar e dos Planos de Saúde, verificando sua relação com a economia política. A terceira parte analisa criticamente as convergências e divergências entre a produção do conhecimento da economia da saúde, nos subtemas saúde suplementar e planos de saúde e as contribuições de Braga e Paula sobre o pensamento econômico da economia política da saúde. Nessa análise global, identificamos que o pensamento neoclássico e liberal permanecerá hegemônico entre os autores e economistas que se aventuram pelo campo da economia da saúde enquanto à matriz curricular dos cursos de economia for alicerçada por conteúdo produzido por autores neoclássicos.