Equipamentos coletores/adjuvantes de estomizados intestinais e a assistência especializada: a acessibilidade para o alcance da reabilitação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Rosado, Sara Rodrigues
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-17122019-180133/
Resumo: Trata-se de estudo de desenho misto, do tipo sequencial explanatório, cuja etapa quantitativa descritiva e transversal, objetivou analisar a utilização dos equipamentos coletores e adjuvantes fornecidos às pessoas com estomia intestinal e a presença de complicações de estoma e de pele periestoma, em três serviços públicos especializados de Minas Gerais (MG); e na etapa qualitativa exploratória interpretar o significado da acessibilidade aos equipamentos coletores/adjuvantes e a assistência especializada para o alcance da reabilitação desta clientela (Parecer nº 65715617.8.0000.5393 CEP/EERP-USP). Na etapa quantitativa aplicou-se um instrumento sobre mudanças na vida após estomização intestinal, com avaliação clínica e de uso de equipamentos (EC)/adjuvantes com 204 pessoas estomizadas intestinais. Com a análise estatística descritiva predominou 52,9% participantes do sexo masculino; 51,5% com idade entre 60 e 79 anos; 69,6% com um a oito anos de estudo e 57,3% casados; 71,6% aposentados; 69,7% com renda de um salário mínimo; 66,7% possuíam colostomia; 2,4% demarcados; 63,2% com estomização acima de um ano; 70,6% com neoplasia colorretal; 66,7% com complicações de estomia e de pele periestoma em 86,8; e 65,7% possuíam capacidade plena para o autocuidado. O EC utilizado por 58,8% era de uma peça e 53,0% não usavam adjuvantes; 87,8% queixavam-se do EC, sendo 78,4% balonismo; 60,8% abandonaram atividades como viajar e dirigir. Estes resultados dimensionaram o contexto do estudo para o aprofundamento na etapa qualitativa, cujo trabalho de campo envolveu observação não participante e participante, entrevistas individuais e diário de campo para obtenção de dados, cuja análise temática foi fundamentada no Modelo Social da Deficiência. A experiência de acessibilidade à assistência especializada e aos EC/adjuvantes no Sistema Único de Saúde (SUS) foi interpretada mediante as Unidades de sentidos: \"Desafios enfrentados pelas pessoas com estomia intestinal no SUS\", \"Em busca das adaptações e do autocuidado na sua vida\" e \"Capacidade para o autocuidado: o vivido no cotidiano\", que resultaram no tema \"Itinerário terapêutico da pessoa com estomia intestinal no SUS\", com os núcleos: \"Referência e contrarreferência\" e \"Acessibilidade à assistência especializada e aos EC/adjuvantes no SUS\", dimensionando os desafios deste programa na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência e um novo olhar para esta Linha de cuidados, fundamentado no Modelo Social da Deficiência. Com a interpretação da \"Reabilitação e sobrevivência de qualidade da pessoa com estomia intestinal no SUS\", o significado construído foi a busca do direito de cidadania para o alcance de sua reabilitação e sobrevivência de qualidade. A reorganização integrada dos serviços nos diferentes níveis de atenção e do programa de estomizados contribuirão para a legitimação dos direitos de cidadania desta clientela e do SUS