Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Iossi, Marta Angélica |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-03052005-092941/
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Resumo: |
Considerando o exercício da nossa prática, e a importância que a violência doméstica assumiu nos últimos anos, junto à agenda de saúde pública, é que buscamos realizar o presente estudo. O tema é complexo, e dado a esta complexidade é um conhecimento ainda em construção o qual tem no presente trabalho sua contribuição. Nosso objetivo foi identificar e analisar as notificações realizadas junto às Regionais de Saúde do município de Guarulhos, os limites da atuação dos profissionais, as lacunas existentes no atendimento e acompanhamento dos casos de violência doméstica contra crianças, as origens e possíveis conseqüências dessas lacunas, tendo como referencial teórico os aspectos conceituais de violência doméstica, infância, família e políticas públicas nesta área. Caracterizamos o cenário das notificações realizadas nos anos de 2001 e 2002 no município com o intuito de melhor entender a realidade e subsidiar o diálogo com os dados colhidos através da abordagem qualitativa. A coleta de dados ocorreu sob as formas: entrevistas semiestruturadas e análise de documentos e registros. A partir do material obtido e da fundamentação teórica, discutimos os resultados de acordo com a proposta de Minayo (1996a), utilizando o método hermenêutico dialético. O município de Guarulhos através dos dados registrados ainda apresenta uma significativa subnotificação. Dos casos notificados constatamos uma predominância dos casos de negligência, 46% das notificações, 24% de violência física e 15% de suspeita de violência sexual. O profissional que mais notificou foi o assistente social, sendo responsável por 46% das notificações. A partir das falas dos atores sociais, identificamos duas categorias empíricas: nada a fazer" e medo" através das quais emergiram os aspectos relativos a falta e a necessidade de políticas públicas integradas, o aspecto socioeconômico, político-social e cultural como raízes da violência, a necessidade de capacitação dos profissionais e o medo que emerge no imaginário, no cotidiano e na ação dos atores sociais frente aos casos de violência doméstica, influenciando no que fazem ou no que pensam poder ou não fazer. Cada ator deste cenário, profissionais, gestores, sociedade civil tem um papel fundamental na identificação, na notificação, no encaminhamento e assistência dos casos de violência contra crianças, mas um papel tão mais importante de articular ações conjuntas através de uma rede de atenção que possa dar uma resposta mais efetiva garantindo os direitos da criança e o comprometimento de todos com as ações e os serviços mais avançados para a área. |