O uso do olfato nos opiliões Neosadocus maximus e Mischonyx cuspidatus (Arachnida: Opiliones: Laniatores)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Dias, Jéssica Morais
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-03042018-083949/
Resumo: O comportamento gregário é comum em algumas espécies de Opiliones. No período noturno indivíduos gregários saem do abrigo para forragear e ao amanhecer retornam ao ambiente de repouso. Químicos de coespecíficos têm sido discutidos como mediadores do retorno ao abrigo nos indivíduos da subordem Eupnoi, mas até o momento nada se sabe sobre as pistas que os indivíduos da subordem Laniatores utilizam para retornar ao abrigo. Recentemente, uma grande diversidade de receptores olfativos foi descrita nessa subordem e o uso do olfato à curta distância (< 2 cm) já foi documentado em agregados. Testamos as hipóteses do uso do olfato à longa distância (50 cm) na atração por (1) químicos voláteis emitidos diretamente de coespecíficos e (2) químicos voláteis próprios e de coespecíficos deixados previamente nos abrigos. Utilizamos um olfatômetro em formato de Y. Usamos como estímulos fêmeas e machos coespecíficos para (1) e abrigos dos sujeitos experimentais, de coespecífico do mesmo sexo e controle para (2). Para (1) machos de M. cuspidatus escolheram significativamente o lado do olfatômetro com machos coespecíficos. Fêmeas de M. cuspidatus não mostraram preferência por nenhum dos estímulos. Para (2) machos e fêmeas de M. cuspidatus não escolheram significativamente nenhum estímulo do olfatômetro. Esses resultados nos mostram que talvez machos de M. cuspidatus tenham maior sensibilidade olfativa comparada ao das fêmeas coespecíficas. Os machos de M. cuspidatus não mostraram preferência por fêmeas coespecíficas talvez porque no momento do experimento as fêmeas não estivessem liberando voláteis. Nossos resultados também mostram que indivíduos de M. cuspidatus não são atraídos à distância por químicos deixados no abrigo, talvez porque esses químicos sejam pouco voláteis ou porque os indivíduos detectaram o odor, mas optaram por não escolher o braço com odor próprio e nem de coespecífico. O olfato parece ser mais importante do que anteriormente mencionado em Opiliones