Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1993 |
Autor(a) principal: |
Nussio, Luiz Gustavo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191218-125848/
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Resumo: |
O experimento foi conduzido para avaliar o efeito de níveis de concentrado sobre a digestibilidade de dietas à base de bagaço de cana-de-açúcar tratado sob pressão de vapor (BTPV) e no desempenho de bovinos de corte confinados. No ensaio de alimentação conduzido durante 126 dias foram utilizados 36 animais,18 machos e 18 fêmeas da raça Nelore com peso vivo médio inicial de 224 e 194 kg respectivamente, e idade de 12,1 meses. O delineamento estatístico foi o de blocos ao acaso em esquema fatorial com 3 blocos, 3 dietas, 2 sexos. Para o ensaio de digestibilidade conduzido durante 28 dias o esquema adotado foi fatorial em blocos com 2 sexos, 3 dietas e 2 animais. Foram utilizados 18 baias com um animal cada, sendo 9 machos e 9 fêmeas com peso vivo médio de 357 e 316 kg respectivamente. Em ambos os ensaios os animais foram alocados aos tratamentos segundo critérios de sexo e peso inicial dentro de cada bloco. Foram utilizadas três dietas: A (65% BTPV, 5% bagaço in natura (BIN) e 30% concentrado), B (50% BTPV, 5% BIN e 45% de concentrado) e C; (35% BTPV, 5% BIN e 60% de concentrado). Todas as dietas eram isoprotéicas, (10,5% PB) contendo 1,5% de uréia na MS, 22 ppm de lasalocida sódica, 1% de NaHCO3 e 1% calcário calcítico tipo filler e 0,5% de KCl. Mistura mineral foi fornecida ad libitum continuamente. Durante o ensaio de alimentação o consumo de MS (g/kg PV0,75), ganho de peso (kg/dia) e a conversão alimentar (kg MS/Kg ganho) para as dietas foram: A (108,35; 0,78; 8,84); B (111,72; 0,91; 7,93) e C (107,38; 1,03; 7,09). Houve efeito significativo dos tratamentos no ganho de peso e conversão alimentar mas não para consumo. Para machos o maior consumo se deu 45% de concentrado e para fêmeas com 60%. O ganho de peso e a conversão alimentar de machos foram melhores que os de fêmeas. A análise de tendência temporal revelou que a introdução de tempo de confinamento nas regressões, melhorou a definição do modelo e que a tendência de desempenho de machos e fêmeas foi diferente quanto ao consumo de MS ao longo do período, sendo semelhante para GPV e CA. O desdobramento por dietas ao longo do tempo revelou desempenhos não alinhados de machos e fêmeas. No ensaio de digestibilidade os parâmetros avaliados foram digestibilidade na MS, MO, energia bruta, NDT e dos componentes da MS. A elevação do nível de concentração para 60% da MS reduziu a digestibilidade dos princípios nutritivos e da energia e os valores de NDT. Não houve efeito de sexo sobre os parâmetros avaliados. O consumo de energia não foi alterado pelo nível de concentrado. O uso de óxido de cromo como método indireto de estimativa de digestibilidade não se mostrou confiável. A análise dos parâmetros permitiu identificar a elevada correlacão entre consumo e digestibilidade da MS, MO, Energia Digestível e NDT para as dietas utilizadas. Alterações ocorridas simultaneamente na digestão e provavelmente no metabolismo indicaram melhoria do desempenho com a elevação do nível de concentrado. A simulação de análise econômica apresentou melhores resultados com uso de dietas contendo níveis intermediários de concentrado. Os resultados sugerem a necessidade de estudos básicos para esclarecer aspectos nutricionais de dietas contendo BTPV. |