Vigilância epidemiológica do vírus da doença de Newcastle em aves domésticas e selvagens pelo método de Real Time PCR.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Thomazelli, Luciano Matsumiya
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/87/87131/tde-23072009-171131/
Resumo: A avicultura brasileira é atualmente uma atividade de grande sucesso. A utilização de sistemas de planejamento associados a novas tecnologias, reflete-se no extraordinário crescimento da atividade. A produção brasileira de frango ultrapassou a marca anual de 10 milhões de toneladas, em 2007. O Brasil está entre os três maiores produtores de frango no ranking mundial, junto com Estados Unidos e China. Haja vista a importância que a avicultura representa para o país, pela geração de benefícios sociais e econômicos, o risco que a Doença de Newcastle (DNC) constitui para a avicultura brasileira é enorme. Um surto desta doença em um centro de produção avícola representaria um risco à economia e incidiria de forma negativa nos níveis de consumo de proteína de qualidade e economicamente acessível à população. A fim de estabelecermos um monitoramento do vírus da Doença de Newcastle (NDV) em aves selvagens, livres ou de cativeiro, e aves domésticas não vacinadas, residentes em regiões de elevada confluência migratória aviária no Brasil e em pingüins ao redor da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), coletamos amostras de swabs orais e cloacais para a posterior análise por PCR em Tempo Real (qPCR), além de sangue para testes sorológicos, tendo como objetivos maiores, contribuir para o fortalecimento dos serviços de defesa sanitária animal, aumentar a capacidade de investigação, e finalmente, atualizar e harmonizar normas e procedimentos para a prevenção e controle da DNC, referenciando-se nas recomendações da Organização Mundial de Sanidade Animal (Office International des Epizooties - OIE). Das 1072 aves amostradas em diferentes regiões do Brasil, 8 (0,75%) apresentaram resultado positivo para o NDV por qPCR, sendo 5 (62,5% das positivas) delas provenientes da região Norte, 2 (25% das positivas) do Nordeste e 1 (12,5% das positivas) da região Sul do Brasil. Na Antártica, dos 100 pingüins estudados, 2 apresentaram resultado positivo para o NDV por qPCR e em cerca de 33,3% dos soros testados foi detectada a presença de anticorpo pelo teste de Inibição da Hemaglutinação (HI). Todas as amostras positivas foram re-analisadas por qPCR específico para cepas mesogênicas e/ou velogênicas, resultando negatividade, corroborando os dados que certificam o Brasil como sendo livre da Doença de Newcastle.