O que quer um professor? Queixa, demanda e desejo na formação de professores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Arantes, Fernanda Ferrari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48138/tde-04052023-111113/
Resumo: No contexto educativo atual, encontram-se inúmeras ofertas de cursos que se apresentam como ferramentas de formação continuada para professores, afirmando proporcionar aprimoramentos cada vez mais inovadores para o bom e qualificado exercício das práticas docentes. A abundância de modelos, conteúdos e métodos visa garantir prescrições sobre a eficácia e o rendimento do saber e da prática docente. Porém, apesar da crescente proliferação desses cursos, inúmeras queixas seguem sendo formuladas pelos professores e endereçadas às instâncias responsáveis pelas formações, denunciando que nem sua profusão, nem os modelos oferecidos, parecem ser suficientes para atender à demanda enunciada. Esse descompasso levou ao questionamento disparador desta pesquisa com método psicanalítico: o que estaria por trás da queixa dos professores? Para tanto, foram feitas dez entrevistas com professoras e professores atuantes na educação básica e, com base nos referenciais psicanalíticos, foi possível realizar leituras que permitiram problematizar e refletir a respeito da posição dos professores diante das formações, assim como depreender o sentido das queixas docentes. Pois, diante do contexto composto por modelos formativos reparatórios, as entrevistas trouxeram indícios de que as queixas docentes denunciam a insuficiência do modelo formativo hegemônico que, ao pautar-se na racionalidade técnica e no rendimento dos saberes, deixa de fora a dimensão do sujeito do inconsciente. Assim, baseando-se na perspectiva da Psicanálise e Educação, foi possível identificar como os modelos de formação que levam em consideração o sujeito do inconsciente e, portanto, o reconhecimento de seus saberes se apresentam como um caminho fecundo a ser trilhado rumo ao encontro do que quer um professor para além de suas queixas manifestas.