Sentidos dos cursos de formação continuada para professores: uma saída psicanalítica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Montanheiro, Aline Gasparini
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-25112015-121831/
Resumo: Que relações os professores estabelecem com os cursos de formação continuada dos quais participam? Quais os sentidos dessa formação que ocorre em exercício? Com base nessas questões, empreendemos uma pesquisa que procurou refletir sobre o lugar ocupado pela formação de professores na atualidade, especialmente a continuada, ou seja, aquela que acontece após o ingresso na profissão. Realizamos oito entrevistas semidirigidas com professoras e um ex-professor e, embasados nos referenciais da área, encontramos algumas funções que podem ser atribuídas a essa formação, tais como: aquela proveniente da racionalidade técnica, conduzindo o professor a cumprir um papel mais de aplicador de saberes produzidos em outras instâncias, em que o foco de seu trabalho encontra-se nos meios para se alcançar finalidades previamente estabelecidas; as que visam a aproximá-lo do proletariado ou transformá-lo num profissional do ensino, como estabelecem as perspectivas da proletarização e da profissionalização, respectivamente; a chamada formação compensatória, que surge para suprir as chamadas carências da formação inicial; a de desenvolver as competências profissionais necessárias ao professor; aquela que intenciona conferir teorias ou práticas que despontam como novidades no cenário pedagógico; entre outras desenvolvidas ao longo do trabalho. Apontamos que os sentidos atribuídos à formação continuada e as implicações desta na prática docente estejam mais atrelados à singularidade do sujeito isto é, à sua condição de sujeito ao desejo inconsciente do que às ferramentas trabalhadas nos cursos, em que pesa sobretudo a dita ciência pedagógica. Baseados no método clínico e na transmissão, ambos da psicanálise, seguimos propondo modos de trabalho que pressupõem o professor como sujeito do desejo, não limitando-o ao indivíduo da cognição, tais como: a análise pessoal, grupos de discussão e escrita de relatos, narrativas e diários.