Oblíquo e fortuito e ao mesmo tempo sutilmente fatal: o \'Kháos\' como instrumento literário em Água Viva, de Clarice Lispector

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Franceschini, Marcele Aires
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-05022010-143448/
Resumo: Esta pesquisa foca na natureza caótica e paradoxal de Água viva, de Clarice Lispector, obra publicada em 1973 pela editora Artenova. Entre os vários aspectos estudados, prezouse trabalhar com o conceito de Kháos empregado na Teogonia, de Hesíodo; bem como com as mais distintas visões da crítica de Lispector a respeito dos princípios de alteridade, de análise do objeto, da ruptura com o cronotopo e do abandono aos padrões romanescos. A autora luta por provar que a qualidade de sua obra está diretamente relacionada ao enfrentamento ontológico e à reflexão aprofundada, captada no momentoinstantâneo e transcrita em imagens no texto. Mais do que uma obra recheada de personagens, de farto enredo, de situações espáciotemporais e de diálogos, Água viva é uma narrativa livre de molduras, que erige para registrar a coragem literária de uma escritora que não teme trabalhar, sem rédeas ou convenções, com a matériaprima do pensamento.