Figurações do Neutro em Água Viva, de Clarice Lispector

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Firmino, Mislene das Neves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=10814009
https://hdl.handle.net/11600/62068
Resumo: O presente trabalho visa, além de estabelecer redes interpretativas e analíticas em torno de Água Viva, fomentar a crítica literária da obra escrita e publicada pela primeira vez em 1973 por Clarice Lispector, poucos anos antes de sua morte. A fim de mergulhar no universo sensorial da escritora, propomo-nos a observar a tentativa e a realização de uma transformação em curso durante o fazer da obra: uma escrita que passa de pessoal a impessoal (ou ao que disso mais se aproxima). Processo editorial que se baseia em cortes e reduções, principalmente no que diz respeito a trechos ou a índices autobiográficos. Serão principalmente mobilizados os motivos conhecidos sob as denominações de “Neutro”, de “escrita branca” ou, ainda, de “escrita de grau zero”, ambas propostas e discutidas por Roland Barthes ao longo de seu percurso como pesquisador e professor. Será um de nossos objetivos analisar de que forma esses conceitos são abordados em diferentes obras, em O grau zero da escrita (1953) e em O Neutro (2002), por exemplo; e como essas perspectivas se modificam no decorrer do tempo. Tentaremos, sobretudo, analisar se há, de fato, nuances de Neutro na obra Água Viva, e, se sim, por meio de que figuras ele se faz presente. Ainda: será convocado aquele motivo que encena a morte do autor a partir de Barthes, além da discussão acerca do papel do leitor na obra publicada em 1973.