Efeitos da inoculação microbiana da silagem pré-secada de alfafa sobre a fermentação no silo, digestibilidade e desempenho produtivo de vacas leiteiras

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Magalhães, Vanessa Jaime de Almeida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-16062003-103129/
Resumo: Foram objetivos do presente estudo avaliar os efeitos do inoculante microbiano Silobac® (L. plantarum, P. pentosaceus), na silagem pré-secada de alfafa, em 22 silos, sendo 11 destes submetidos ao tratamento com inoculante. A alfafa foi cortada quando em estádio do meio do florescimento e os silos confeccionados em fardos de aproximadamente 600 kg revestidos com película de PVC branca. Amostras foram coletadas logo após a abertura de cada silo para análise da composição bromatológica e perfil fermentativo. Avaliou-se também, os efeitos desta inoculação sobre o consumo de matéria seca, digestibilidade aparente, produção e composição do leite de doze vacas da raça Holandesa, multíparas, com 135 ± 16,4 dias de lactação, distribuídas em delineamento em reversão simples com seqüência balanceada (\"cross-over\") com dois períodos sucessivos. Os tratamentos corresponderam a silagem pré-secada de alfafa (50,0% de MS e 16,5% de PB) controle ou inoculada. Cada período experimental teve duração de 21 dias, sendo os 5 últimos dias destinados à coleta de dados. Nos resultados relativos à fermentação, o inoculante diminuiu o teor de MS (inoculada = 44,7 vs. controle = 51,2%), aumentou a concentração de ácido acético (2,35 vs. 0,89% MS) e apresentou tendência em aumentar os teores de carboidratos solúveis (2,97 vs. 2,44% MS), em relação ao grupo controle. O inoculante também tendeu em diminuir o escore de bolor obtido à 10 cm de profundidade, mas não a 30 ou 50 cm. Não foram observados efeitos sobre os teores de PB (15,9 vs. 16,4% MS), NIDA (11,2 vs. 11,6% do N total), FDN (47,1 vs. 46,7% MS), FDA (40,2 vs. 39,8% MS), LDA (10,4 vs. 11,1% MS) e amido (0,82 vs. 0,69% MS), DIVMS (61,6 vs. 62,5% MS), poder tampão (52,9 vs. 51,7 meq./100g MS), as concentrações de etanol (0,018 vs. 0,024% MS) e dos ácidos propiônico (0,00 vs. 0,00% MS), butírico (0,00 vs. 0,00% MS) e lático (5,62 vs. 4,45% MS), bem como sobre o pH (4,96 vs. 5,33), sobre as concentrações de N-NH3 (8,19 vs. 5,21% do N total) ou sobre a estabilidade aeróbia. Quanto a digestibilidade, o inoculante aumentou a digestibilidade aparente da MS (81,7 vs. 74,2%), PB (83,1 vs. 74,6%), EE (90,1 vs. 81,7%), ENN (84,1 vs. 78,7%), FB (74,8 vs. 61,9%), FDN (70,0 vs. 58,0%), FDA (75,2 vs. 63,9%), amido (92,7 vs. 88,9%), EB (82,4 vs. 74,7%) e o NDT (80,5 vs. 73,3%), em relação ao grupo controle. Porém, não houve efeito do inoculante sobre o consumo MS digestível (14,5 vs. 13,3 kg/animal/dia, ou 2,67 vs. 2,46% do PV) ou de NDT (14,3 vs. 13,2 kg/animal/dia ou 2,63 vs. 2,43% do PV). Também não se observou efeito da inoculação sobre o CMS (17,8 vs. 17,8 kg/animal/dia), produção de leite (23,0 vs. 22,4 kg/dia), porcentagem de gordura (3,46 vs. 3,47%), proteína (2,96 vs. 2,93%), lactose (4,64 vs. 4,67%), sólidos totais (11,9 vs. 11,9%) e sólidos desengordurados (8,49 vs. 8,48%), nos resultados obtidos com as análises de leite.