O Imperialismo e a ficção do poder pessoal: a biografia do Conselheiro Furtado escrita por Tito Franco de Almeida (1867)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Pinto, Gabriel Meirelles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-13092023-160229/
Resumo: Esta dissertação analisa e problematiza a obra Conselheiro Francisco José Furtado: biografia e estudo de história política contemporânea, publicada em 1867, por Tito Franco de Almeida. Analisamos as trajetórias do biógrafo e do biografado, contemporâneos na política nacional e oriundos do Norte do Brasil. Exploramos os significados das biografias deste tipo no século XIX e as maneiras de se questionar o lugar do autor e a teoria que ele lança em suas páginas, a de que o monarca buscava de todas as formas fazer prevalecer o seu poder sobre o conjunto da política imperial. Para isso, ele teria contado com políticos que supostamente eram seus leais servidores, os conservadores moderados que integravam a Liga Progressista. Imperialismo é o nome escolhido pelo autor para se referir a este mecanismo. Por isso, buscamos contextualizar o leitor na política da segunda metade da década de 1860 e contrapor o cenário criado por Tito Franco a algumas das contestações levantadas contra ele. Demonstramos que o autor da obra forja uma realidade conveniente a seus interesses políticos e eleitorais daquele momento e que usa as críticas ao Imperador para atingir seus adversários mais imediatos, num momento de esgarçamento da Liga Progressista, no qual ele quer preservar e salientar a sua identidade liberal e a de seu grupo.