Evolução da mortalidade infantil na cidade de São Paulo: uma abordagem epidemiológica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1989
Autor(a) principal: Pino Zuñiga, Hilda Paulina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6133/tde-20122017-123826/
Resumo: Utilizando-se como estratégia geral o estudo das mudanças na estrutura da mortalidade infantil (MI), o presente trabalho visa aproximar-se dos determinantes da evolução deste indicador na cidade de São Paulo. O estudo centra-se no periodo de 1973 a 1983, caracterizado pela queda acelerada e ininterrupta da variável. Compararou-se o nível e a estrutura (por idade e por causas) da MI, no município, no início da década de 70, com valores hipotéticos, calculados para essa realidade, constatando-se excesso de mortalidade por diarréia em crianças de 7 dias a 6 meses. Relacionou-se esta situação com os baixos índices de amamentação existentes na época. Estes antecedentes e a elaboração de um marco teórico da determinação da mortalidade por diarréia em crianças menores de 6 meses forneceram a base para hipóteses referentes à evolução da MI e de seus determinantes no período de 1973 a 1983. A partir de informações de registros oficiais e de pesquisas conduzidas no municipio, avaliou-se a coerência entre a evolução das variáveis (dependente e independentes) e as hipóteses propostas. Observou-se que 40 por cento da queda da MI se deveu ao declínio das causas diarréicas e que a intensidade da redução destas aumentou em razão inversa à idade. Entre os determinantes, o abastecimento de água mostrou a maior variação e a mais clara concomitência com a evolução da mortalidade por diarréia. Menos evidenter o aleitamento materno e o atendimento à sadde também mostraram particularmente após 1980. Descarta-se a possibilidade de serem as variáveis sócio-econômicas e demográficas, determinantes fundamentais da queda da MI no período. Argumenta-se a favor de uma compensação dos efeitos negativos do desmame sobre a diarréia em crianças menores através do acesso à água. Como decorrência, discute-se: a) a possibilidade de que a generalização do desmame precoce - em situação de baixa cobertura da água - tenha sido importante deteminante da elevação da MI na década de 60 em São Paulo e em outras áreas subdesenvolvidas, e b) a possibilidade de que o acesso à água tenha seus efeitos auffientados sobre a diarréia infantil em populações onde o desmame precoce é prática muito frequente.