Análise microbiológica comparativa da ação de diferentes agentes descontaminantes sobre superfícies de titânio

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Blagitz, Renata Rodrigues de Freitas
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25135/tde-13122011-110502/
Resumo: Os implantes de titânio estabeleceram-se, ao longo do tempo, como uma opção de tratamento com grande índice de sucesso. Entretanto, falhas são passíveis de ocorrer, devido à exposição de suas superfícies ao meio bucal, imediatamente ou até muito tempo passado de sua implantação. Estas superfícies de titânio podem se infectar por bactérias e seus produtos, de forma semelhante à que ocorre na superfície de raízes dentais. Tais contaminantes intensificam a resposta inflamatória, além de alterar a estrutura superficial do implante podendo dar origem às doenças peri-implantares, como a mucosite peri-implantar e a peri-implantite. Para o tratamento destas doenças, diversos métodos de descontaminação de superfícies de implantes têm sido propostos, incluindo o uso substâncias anti-sépticas, jatos abrasivos, ácidos, antibióticos e lasers. O objetivo foi avaliar comparativamente a capacidade de descontaminação do peróxido de hidrogênio a 1,5 % (H2O2), do gluconato de clorexidina a 0,12% (CLX) e do soro fisiológico (SF) já que, até o momento, nenhuma metodologia está estabelecida como padrão ouro para a limpeza superficial. Placa bacteriana foi colhida de sítios de doença periodontal crônica para contaminação de discos de titânio de superfícies lisas e rugosas. Posteriormente, os discos foram submersos em 10 mL das substâncias estudadas por 1 minuto, friccionados com swab e enxaguados em solução fisiológica. Discos controle (C) foram somente enxaguados em soro fisiológico. Desta forma resultaram os seguintes grupos de estudo, constituídos de 5 discos de cada tipo de superfície lisa (L) e rugosa (R): H2O2 R , CLXR, SFR, CR, H2O2L, CLXL , SFL e CL. A avaliação do potencial descontaminante das substâncias foi realizada através da quantificação do crescimento bacteriano pela contagem das unidades formadoras de colônia (UFCs) após semeadura em Agar-brucella e incubação em jarra de CO2 a 37oC por 24 horas. Os resultados após descontaminação foram comparados através da análise de variância a dois critérios (ANOVA) e o nível de significância adotado para todos os testes foi de 5%. Os resultados obtidos permitiram concluir que: as bactérias da periodontite crônica têm capacidade de contaminar e aderir aos discos de titânio nos dois tipos de superfícies estudados; as superfícies lisas e rugosas não diferem entre si quanto aos procedimentos de contaminação e de descontaminação propostos; a clorexidina, o peróxido de hidrogênio e o soro fisiológico apresentaram-se eficientes na descontaminação das superfícies de titânio contaminadas in vitro; houve ligeira superioridade na descontaminação pelo tratamento com a clorexidina de ambas as superfícies de titânio avaliadas.