Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1972 |
Autor(a) principal: |
Cupertino, Francisco Pereira |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-143755/
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Resumo: |
São apresentados os resultados das investigações feitas sobre a disseminação do vírus do Enrolamento da Folha, no decorrer da execução de um programa de multiplicações sucessivas de lotes de batata-semente, conduzido, de 1967 a 1971. em localidades altas, situadas a 1.100 m (Santo Antônio do Pinhal, Águas da Prata e São João da Boa Vista) e em localidades baixas, situadas a 550 m, aproximadamente (Taubaté, Pindamonhangaba e Monte Mor), no Estado de São Paulo. Os plantios foram feitos, principalmente, em duas épocas do ano, a das secas (janeiro a abril) e a das águas (setembro a dezembro), sendo que pequeno número deles foi feito na época de inverno (junho a setembro). Em todos os plantios feitos erradicaram-se, sistematicamente, as plantas com sintomas secundários de Enrolamento da Folha, tão logo esses foram reconhecidos. Confirmou-se que o vírus do Enrolamento da Folha é o principal responsável pela degenerescência da batata-semente no Estado de são Paulo. Dentre os fatores estudados, a época de plantio foi o que apresentou maior efeito sobre a disseminação desse vírus. Os teores de Enrolamento da Folha determinados nos lotes de batata-semente produzidos na época das secas (6,5%) foram, em média, seis vezes menores do que os dos lotes produzidos na época das águas (41.4%). Esse efeito causado pelo época de plantio é atribuído à variação sazonal da população de migrantes do afídeo-vector, Myzus persicae, e à variação do número de fontes do vírus do Enrolamento da Folha. A disseminação do vírus foi menor nas localidades altas do que nas baixas apenas nos plantios feitos na época das secas. Esse efeito é atribuído ao menor número de fontes do vírus do Enrolamento da Folha e ao maior isolamento obtido, nas localidades altas, entre tais fontes e os lotes de batata-semente. Verificou-se que a variedade Gunda possui resistência de campo ao vírus do Enrolamento da Folha, infetando-se sempre menos que todas as variedades ensaiadas (Delta A, Jacy, Iraí e Bintje) e destacando-se principalmente das duas Últimas. A erradicação das plantas com sintomas secundários de Enrolamento da Folha mostrou-se prática eficiente, evitando que houvesse disseminação do vírus a partir de tais plantas e não permitindo, além disso, que houvesse acúmulo da infecção havida em cada uma das multiplicações sucessivas dos lotes de batata-semente. Como resultado disso, não houve efeito do número de multiplicações anteriores da batata-semente, feitas na época das secas, sobre a disseminação do vírus em cada um dos plantios. Com base nos presentes resultados considera-se viável, a produção de batata-semente em São Paulo, em bases permanentes, com teores razoavelmente baixos do vírus do Enrolamento da Folha, desde que os plantios sucessivos sejam feitos na época "das secas". Isso torna necessário o armazenamento da batata-semente por um longo período de tempo, o qual podará ser feito em câmara frigorífica, à temperatura de 2º a 4ºC. Além disso, considera-se necessária a escolha de localidades adequadas e de variedades com resistência de campo ao vírus do Enrolamento da Folha, que deverá ser combinada com a utilização de práticas agronômicas e tratos fitossanitários, como a erradicação das plantas com sintomas de vírus, aplicação de inseticidas sistêmicos e colheita precoce. |