Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1978 |
Autor(a) principal: |
Kuniyuki, Hugo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-20240301-152010/
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Resumo: |
A ocorrência de uma fitovirose idêntica a grapevine leafroll em vinhedos do Estado do são Paulo, anteriormente suspeitada pela observação de sintomas, foi confirmada experimentalmente. A moléstia vem sendo chamada de enrolamento da folha ou ainda, vermelhão ou amarelo. Foi identificada em material de Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina. Em são Paulo, a incidência foi de 100% nas variedades de copa Alphonse Lavallée, Barbera, Bonarda, lAC 138-22, IAC 116-31 (Rainha), Malegue, Moscatel de Hamburgo, Niágara Branca, Niágara Rosada e Pirovano 87 (Diamante Negro); variou de 40 a 70% nas variedades Couderc, Isabel, Itália (Pirovano 65), Seibel 2 e Seyve Villard 5276. Plantas matrizes de porta-enxertos Gol ia, Kober 5BB. Rupestris du Lot, 106-8 (Traviú) e 420A mostraram incidência de 25 a 55%; porta-enxertos de criação mais recente (IAC 313 e IAC 766) apresentaram-se isentos do vírus. Não existem dados experimentais que permitam avaliar as perdas induzidas pelo vírus do enrolamento da folha. Mas, nas observações de campo, foi notado que plantas infetadas eram menos desenvolvidas e menos produtivas do que plantas sem esse vírus. Os sintomas típicos da moléstia consistem de enrolamento e avermelhamento ou amarelecimento das folhas, dependendo da variedade. Muitas variedades de enxerto e de porta-enxerto cultivadas em São Paulo não apresentam sintomas suficientemente distintivos para a diagnose do enrolamento da folha, tornando necessário testes de transmissão para videiras indicadoras. Além disso, outros fatores, de natureza diversa, foram reconhecidos como capazes de causar sintomas semelhantes aos da virose. Comportaram-se satisfatoriamente como indicadoras plantas clonais do híbrido LN-33 e da variedade Pinot Noir e clones novos feitos a partir de plantas de semente de Pinot Noir. A detecção do vírus nas videiras indicadoras foi mais segura, quando a leitura de sintomas foi feita nas folhas maduras dos ramos originados da brotação de primavera seguinte à da enxertia. Resultados negativos foram obtidos em testes de transmissão do vírus do enrolamento da folha pela semente e por meios mecânicos negativa a evidência sobre a existência de um vetor do vírus. Não foi observada ao microscópio electrônico partícula viral que pudesse ser as sociada à moléstia. Há, invariavelmente, perpetuação da doença através da multiplicação das plantas infetadas, mediante borbulhia e estaquia, sendo essa a razão da alta incidência do enrolamento da folha em São Paulo. o enrolamento da folha pode ser eficientemente controlado pelo emprego de material propagativo sadio de copa e de cavalo. Foi possível encontrar clones sadios das variedades Isabel, Seibel 2, Golia,IAC 313, IAC 766, Kober 588, Rupestris du Lot, Traviü e 420A. Um clone sadio foi obtido por termoterapia de Niagara Rosada infetada pelo enrola mento da folha. Clones isentos do vírus do enrolamento da folha das variedades Couderc, Itália e Seyve Villard 5276 foram também obtidos, mas encontram-se infetados por outro vírus. Está sendo organizada coleção de matrizes sadias das variedades de enxerto e de porta-enxerto mais importantes para a viticultura paulista e recomenda-se que um programa de certificação de plantas matrizes e produção de mudas certificadas seja colocado em prática no Estado de São Paulo. Isso seria também de vantagem para outras áreas vitícolas do país. |