Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique MUVART: 2004 a 2010

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Brito, Isa Marcia Bandeira de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/93/93131/tde-29052012-162146/
Resumo: O objetivo do presente trabalho é apresentar o Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique, MUVART, no período compreendido entre 2004 e 2010, especificamente em sua cidade capital Maputo. Este título foi dado a um grupo formado em sua maioria por jovens artistas moçambicanos e seus fundadores foram Anésia Manjate, Carmem Muianga, Gemuce, Jorge Dias, Ivan Serra, Marcos Muthewuye, Mudaulane, Lourenço Cossa, Vânia Lemos, Quentin Lambert e Xavier MBeve. Inicialmente, situamos a arte africana e a arte africana contemporânea, tendo em vista a construção de um cenário de apreciação da arte em Moçambique. Os marcos escolhidos foram os séculos XVII e o século XVIII. Com base no Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique, MUVART, revela-se o contexto histórico das relações entre a arte tradicional e a arte contemporânea moçambicana. A presença de quatro grupos étnicos fixados no território e de três artistas da geração anterior à analisada na presente pesquisa possibilita a introdução ao tema.Atenção especial é dada a uma atividade desenvolvida pelo grupo, a Bienal Expo- Arte Contemporânea, pontuada nas edições de 2004, 2006, 2008 e 2010. Amplia-se o debate com a interlocução de outros artistas convidados na referida exposição que, embora não fazendo parte do grupo original, dialogam com as linguagens contemporâneas. Recupera-se a história individual de cada artista e a história do grupo, sugerindo leituras do cenário da arte contemporânea em Moçambique, suas definições e a projeção na produção estética dos próprios artistas, a compreensão e a apreciação do público especializado. A terceira parte consiste na apresentação dos artistas fundadores do Movimento de Arte Contemporânea de Moçambique, MUVART, com ênfase nos trabalhos inseridos na Bienal Expo-Arte Contemporânea. Torna-se imprescindível atrelar à narrativa momentos históricos de suma importância para Moçambique que irão influenciar a arte moçambicana, considerando que a arte moçambicana começa a ganhar autoria paulatinamente, na concepção moderna de obra e autor, uma vez que na arte tradicional esta noção está imersa no seio da comunidade.Todavia,ideologicamente, esta produção autoral é intrinsecamente identificada com os ideais colonizadores, ou seja, deixa de ser exclusivamente uma produção conectada a um grupo específico para refletir os desejos externos a estas comunidades. A implicação destes movimentos irá desaguar na etapa posterior denominada pós-revolução, influenciando, no nosso caso específico, a sociedade moçambicana e consequentemente o percurso da geração seguinte, jovens artistas que já nasceram sob os auspícios da paz e que trazem como lastro esta história a ser contada e recontada.